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"Me senti violentada", diz mulher que teve partes íntimas fotografada por homem em academia

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A mulher contou que no dia em que foi fotografada, a academia estava cheia  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Google Street View
Bruno Guena

por Bruno Guena

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Publicado em 20/04/2023, às 12h45



Um homem fotografou as partes íntimas de uma mulher enquanto ela fazia um exercício em uma academia, em Jaboatão dos Guararapes (PE). A vítima registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia do ocorrido.

A Polícia Civil investiga o caso que aconteceu no dia 3 de abril. A queixa só foi registrada agora, pois, de acordo com a mulher, ela estava tentando resolver administrativamente com a academia, mas não teve sucesso.

A vítima, que não quis se identificar, treina numa unidade da rede de academias Selfit. Ela descobriu que foi fotografada após receber a imagem pelo WhatsApp de um conhecido dela.

A mulher contou que no dia em que foi fotografada, a academia estava cheia.

"Me senti violentada. Sempre fui treinar sozinha e agora não consigo mais. Só vou com uma amiga, porque sei que ele está lá e fica olhando para mim. Desde o dia 5 tento resolver com a academia e ontem disseram que o jurídico notificou o aluno, que ele seria ouvido pelo gerente para contar a versão dele e que iriam tentar fazer com que ele me pedisse desculpas", disse a vítima ao G1.

A mulher disse que mudou o horário de ir treinar para não encontrar o homem que tirou fotos de suas partes íntimas. "Mudei o horário de ir treinar porque fico encontrando essa pessoa, que está lá e fica olhando para a minha cara. Imagine você estar treinando e o povo filmando, tirando fotos do seu bumbum", declarou a vítima.

A academia Selfit informou que cancelou a matrícula do homem e entrou em contato com a vítima para "acolhê-la, prestar o nosso apoio e informar sobre todas as medidas que foram adotadas".

Além disso, a empresa afirmou que "é vedado filmar ou fotografar no interior das unidades, sendo terminantemente proibida a divulgação de fotografias ou filmagens" realizadas nas suas dependências.

A academia afirmou que "a segurança e o bem-estar dos alunos estão em primeiro lugar" e que "tem uma posição de auxílio e apoio à mulher que se sinta em situação de eminente risco, seja ele físico, psicológico ou sexual. Além disso, as unidades possuem comunicação formal de apoio às mulheres".

Por fim, afirmou que "preza por um ambiente acolhedor, respeitoso, profissional e ético para todos, especialmente, para as mulheres".

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