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Na Sombra do Poder: Sobre esfihas, kibes e falafel...

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Os bastidores da política baiana  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 14/03/2024, às 05h30   Editoria de Política


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Sobre esfihas, kibes e falafel...
Um famoso empresário baiano de origem "saudita" vem sofrendo o pão que o diabo amassou, ou melhor, a esfiha que o diabinho pisou. A NSP tomou conhecimento que logo após ter passado por um inferno astral familiar com escapadas e pulinhos de cerca, agora parece que seu principal negócio azedou. Em rota de colisão com peças do judiciário baiano e caciques da política local, o "Habib" baiano foi parar na emergência do Aliança Rede Dor no fim de semana com picos de pressão e dores no peito. Do jeito que vai, nem rezando para Alá dá mais jeito; é preparar o jumbo e sair fora da terrinha.

"Tum, tum: quem é?"
Um secretário do mais alto escalão está à beira de receber uma visitinha indigesta das autoridades. O caso é grotesco e envolve algumas traquinagens de âmbito federal. Fontes da Coluna afirmam que dessa vez ele não escapa, e já vai avisando para preparar a malinha de mão porque na hora que escutar o "Tum Tum" à porta, é hora de entrar no carro do Ypiranga e partir para Papuda.

Segura a galinha pulando
Enfim, depois de longos três meses, os integrantes da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) começaram a se movimentar para analisar o caso do deputado estadual Binho Galinha, alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 7 de dezembro do ano passado. No entanto, precisou que o presidente da Casa, Adolfo Menezes, desse um puxão de orelha para que os líderes do governo, Rosemberg Pinto, e da oposição, Alan Sanches, começassem a se movimentar para indicar membros do Conselho de ética da Alba. Teve recesso parlamentar e carnaval nesse período? Sim, mas a gravidade do caso merece uma atenção especial, não é?

O Galo e o Galinha
Um parlamentar governista brincou com a nova dupla que poderá ser vista no plenário da ALBA: o Galo e o Galinha. A presença de ambos em sessões pode continuar sendo difícil, pois, após ressurgir para a votação que garantiu Paulo Rangel no TCM e o consequente retorno de Marcelino Galo à Casa, é difícil que Galinha volte a pular pelo plenário. O governista ainda comentou: "Marcelino Galo causou alguns constrangimentos a Rui Costa ao cobrar do ex-governador uma posição mais à esquerda; mas o constrangimento que Binho Galinha causa é muito maior". O que impressionou nesta semana foi a fala do líder do Governo, Rosemberg Pinto, para quem o Conselho de Ética da Casa não tem papel de, neste momento, julgar o parlamentar alvo da El Patron.

Bruno x Geraldo
A pesquisa da AtlasIntel movimentou o cenário político em Salvador e deixou as bases eufóricas com os números. De um lado, os aliados de Bruno Reis comemoraram a possibilidade de o gestor se reeleger já no primeiro do turno. Mas, do outro, a turma comemorou o crescimento orgânico de Geraldo Júnior. Nos bastidores já circulam informações de que os assessores de ambos já não aguentam mais fazer contas e traduzir os números em narrativas para abalar o grupo adversário. Pelo visto, a campanha começou mais cedo do que o esperado.

E o vento mudou?
Antes figurinha presente nas pautas ao lado do governador Jerônimo e especialmente do vice Geraldo Júnior, a secretária Fabya Reis vem tomando suas faltas nas agendas do governo. Tem relação com o crescimento do nome do vereador Silvio Humberto para ser vice de Geraldinho para as eleições deste ano? A ver.

Virou tradição?
Mais uma vez a oposição na Assembleia Legislativa da Bahia não participou de um evento organizado pelo governador Jerônimo Rodrigues. Apesar da falta, o político não demostrou estar incomodado com a ausência deles. Será que vai ser sempre assim? Aguardando as cenas dos próximos capítulos.

El Tanque sem freio
O deputado Elmar Nascimento, atualmente a maior liderança do União Brasil no estado e top 5 no país, vem gozando de prestígio junto ao Palácio do Planalto. Alinhado com o ministro Rui Costa, El Tanque, como vem sendo chamado por colegas do legislativo, tem mexido algumas peças no xadrez para a sucessão de seu fiel escudeiro Arthur Lira e tentando eliminar os concorrentes no jogo. De um lado, o deputado baiano Antônio Brito, correndo por fora com a simpatia de Lula e a chancela de Kassab, e do outro o deputado republicano Marcos Pereira, hoje com certa força na república e o apoio de parte da oposição. A missão de Elmar é "tratorar" literalmente os adversários, para isso ele tem acelerado em reuniões e fins de semana com lideranças pelo país. Muita água vai rolar até fevereiro de 2025, o jeito é esperar e assistir essa guerra de tanques e cavalheiros e rezar para que ninguém saia "ferido".

Caso pensado?
O ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa, ao comentar a portaria 190/2024 da Secretaria da Educação, disse que a prática de aprovar estudantes mesmo após perder em alguma disciplinas ocorre desde o tempo dele. Mas Rui não se referiu ao tempo como governador, mas à época de aluno; ou seja, há muito tempo mesmo, quando os primeiros líderes do grupo atualmente na oposição governavam a Bahia. "Desde a minha época, tinha isso. Não é de hoje. Parece que é uma grande novidade. Estou falando de 30, 40 anos atrás. Já tinha isso para dar a mão a esses meninos", afirmou o ministro, em entrevista à rádio Metrópole. Se é assim, Rui "quebraria as pernas" de quem critica a medida feita pelo governo Jerônimo? Se ACM, o senador, permitiu, por que Jero não pode? Mas a pergunta que não quer calar: não mudar a prática de décadas é o melhor?

A bela e o primeiro-damo?
A passagem de Michelle Bolsonaro pela capital baiana no fim de semana passado impressionou bolsonaristas que, ao ouvirem a ex-primeira-dama realizar críticas pesadas ao presidente Lula sem uso de palavrões e com muita graça, já pensam na presidente nacional do PL Mulher como melhor nome para a disputa presidencial em 2026. A ex-primeira-dama somaria o capital político do ex-presidente a votos que seriam conquistados por ela. O problema é convencer Jair Bolsonaro a cumprir o papel de 'primeiro-damo'. Em conversa com a imprensa baiana, o ex-presidente descartou uma candidatura de Michelle e afirmou que ela deseja ser senadora pelo Distrito Federal.

O lambe-saco de Bozo
Um famoso empresário baiano, conhecido por algumas traquinagens no passado, foi visto durante todo sábado tentando se aproximar do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o evento de Michele, sua esposa. De baixo para cima, com uma toalha na mão, ele ficava tentando enxugar o suor de seu ídolo "mito" enquanto os seguranças o empurravam para afastá-lo. Não contente, deslocou-se até o "espetinho Mini" que armaram para o Capitão na orla de Salvador. Ao chegar lá, tratou logo de se acomodar na ponta da mesa e segurar o tripé do celular de um dos assessores do ex-presidente. Na saída, fez questão de escoltar Jair Bolsonaro até o carro, despedindo-se com um gesto de "legal" para seu ídolo. A NSP alerta ao ex-gestor da república que consulte João Roma sobre o passado do rapaz e logo terá uma baita surpresa. Um gatinho ligeiro...

Desunião Brasil
O União Brasil está, quase literalmente, pegando fogo. A sigla que nasceu da união entre o PSL, ex-partido de Jair Bolsonaro e herdeiro do tempo de TV e fundo eleitoral conquistados em 2018, e o DEM está rachada. E o que deveria ser uma mera disputa política virou caso de polícia. Luciano Bivar, segundo correligionário da sigla, é o principal suspeito de ter mandado incendiar residência do presidente eleito da sigla, Antônio Rueda. Parlamentares do União Brasil não querem somente a expulsão de Bivar; querem também a cassação do mandato se for provado o envolvimento do parlamentar pernambucano no incêndio. Bivar gostava do tempo em que controlava o PSL sem questionamentos e não estava acostumado a lidar com parceiros da Bahia interessados em rifa-lo da liderança. Haverá ainda muita fumaça tóxica em todo esse fogo da discórdia no Desunião Brasil.

Quem tem medo do Bivar?
Após o incêndio causado literalmente no partido União Brasil, com casas de luxo no litoral pernambucano "ardendo" em chamas e troca de "carícias" públicas nas entrevistas entre seus caciques, a NSP tentou contato e apurar junto aos caciques baianos da sigla, porém sem nenhum sucesso. Uma fonte palaciana confirmou ao nobre redator que vos fala que nenhum parlamentar baiano quer falar sobre o "velhinho" espoletado. Dizem que ele está com a língua coçando e preparando a artilharia contra alguns membros locais. Quem tem "união", tem medo...
PSDB: o último apague a luz
O PSDB está minguando. Carlos Sampaio, de São Paulo, saiu para o PSD. Beto Richa, do Paraná, está indo para o PL. Só tem 12 deputados federais. FHC se aposentou. José Serra está sem mandato. Aqui na Bahia dá pra contar a quantidade de prefeitos nas mãos. João Gualberto foi embora para Portugal. Paulo Câmara está sem mandato. Só sobrou Adolfinho Viana de deputado federal com a cuia na mão. O último que sair apague a luz.

Classificação Indicativa: Livre

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