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Médico, rapper e jogador de futebol podem ser enforcados em condenação por protestos

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Duas execuções já teriam sido realizadas, a de Mohsen Shekari, em 8 de dezembro, e a de Majidreza Rahnavard, ambos enforcados  |   Bnews - Divulgação Divulgação/AFP

Publicado em 14/12/2022, às 17h36   Camila Vieira



Mais de 20 iranianos que podem ser enforcados, após uma condenação à pena de morte como tática de intimidação do regime para sufocar os protestos. De acordo com grupos de direitos humanos, estão na lista um médico, um rapper e um jogador de futebol. Duas execuções já teriam sido realizadas, a de Mohsen Shekari, em 8 de dezembro, e a de Majidreza Rahnavard, em 12 de dezembro, ambos de 23 anos. Rahnavard foi enforcado em público, e não na prisão. Nesse contexto, os ativistas pedem uma ação internacional enérgica para impedir novas execuções.

Segundo a Anistia Internacional, outras 11 pessoas foram condenadas à morte no contexto dos protestos, e nove enfrentam acusações que podem levar à pena capital. “Até que o custo político das execuções seja significativamente maior, enfrentaremos execuções em massa”, adverte o diretor do grupo norueguês Iran Human Rights (IHR), Mahmood Amiry-Moghaddam, que acusa as autoridades iranianas de usarem as execuções para “semear o medo e salvar o regime”.

O Irã está tomado por protestos desde a morte, em 16 de setembro, da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial. Ela foi detida pela polícia moral sob a acusação de violar o rígido código de vestimenta exigido para as mulheres. Desde sua fundação em 1979, a República Islâmica foi abalada por várias ondas de protesto. Desta vez, porém, trata-se de uma crise sem precedentes, por mobilizar diferentes etnias e classes sociais e incluir apelos diretos pelo fim do regime.

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