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Dona de site pornô famoso admite ter lucrado com tráfico sexual

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Empresa que controla site pornô firmou acordo por ter hospedado vídeos que envolvem tráfico sexual  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 23/12/2023, às 16h47   Cadastrado por Victória Valentina



A empresa do site de conteúdo adulto Pornhub admitiu lucrar com vídeos de mulheres que foram coagidas a praticar atos sexuais por uma produtora após um acordo firmado com promotores federais dos Estados Unidos na sexta-feira (22). A corporação proprietária, Aylo, vai pagar uma multa de US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 8,7 milhões) e compensar as vítimas de tráfico sexual. As informações são do site O Globo.

Segundo os promotores, a Aylo ignorou, durante anos, as condições dos vídeos compartilhados no site adulto. A produtora Girls do Porn, ou GDP, contratada pelo Pornhub, foi acusada de crimes de tráfico sexual, por enganar e coagir mulheres a aparecerem em vídeos de sexo publicados online sem o consentimento delas em 2019.

Entre 2017 e 2019, a Aylo confessou que recebeu dinheiro da produtora apesar de saber dos contextos dos vídeos. A empresa passou a receber pedidos de remoção de mulheres que apareciam nos vídeos, afirmando que haviam sido enganadas. A dona do site, no entanto, nunca verificou as acusações e continuou hospedando os vídeos.

Segundo um investigador do FBI, a empresa lucrou conscientemente ao ignorar as preocupações das vítimas. Após o acordo, elas serão indenizadas.

O novo diretor de compliance da Aylo, Solomon Friedman, disse à CNN que a empresa não reconhece responsabilidade criminal, mas que vai garantir que a situação não se repita. A Aylo controla diversos outros sites de conteúdos adultos.

Classificação Indicativa: Livre

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