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Publicado em 10/01/2020, às 07h46 Redação BNews
A Boeing divulgou na última quinta-feira (9), diversas mensagens internas de funcionários criticando a aeronave 737 MAX, modelo envolvido em dois acidentes que mataram 346 pessoas na Etiópia e na Indonésia. A aeronave é diferente da que caiu nesta quarta-feira (10) no Irã.
As críticas incluem diálogos que diziam que o avião foi "projetado por palhaços e supervisionado por macacos". Segundo informações do G1, o conteúdo foi divulgado pela agência Reuters e pelo jornal The New York Times. O modelo que era o mais vendido da companhia, parou sua produção este mês após os acidentes na Etiópia e na Indonésia.
Segundo a reportagem, os diálogos foram enviados para o Congresso dos Estados Unidos como parte do "compromisso com a transparência". A Boeing afirmou ainda que os diálogos não representam a empresa e são "completamente inaceitáveis".
Nas mensagens, os funcionários ridicularizam a aeronave. "Você colocaria sua família em um simulador do MAX?", pergunta um colaborador. "Eu não", responde o outro.
Em outra conversa um colaborador diz: "Este avião é projetado por palhaços, que por sua vez, são supervisionados por macacos." Um empregado lamenta: "Eu não fui perdoado por Deus pelo que eu acobertei ano passado."
Crise
De acordo com o G1, a crise custou à Boeing US$ 9 bilhões e prejudicou fornecedores e companhias aéreas. No terceiro trimestre de 2019 o lucro operacional principal caiu para US$ 895 milhões, abaixo dos ganhos de US$ 1,89 bilhão apurados no mesmo período de 2018.
A Boeing produzia 42 jatos do modelo 737 MAX por mês, apesar da suspensão. Atualmente, a companhia tem 400 aviões em estoque.
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