Publicado em 09/11/2011, às 14h58 Redação Bocão News
O premiê grego, George Papandreou, anunciou em discurso na TV que renuncia nesta quarta-feira, mas não disse quem vai ficar no seu lugar.
No comunicado, ele afirmou que a Grécia fará tudo o necessário para continuar membro da zona do euro e demonstrará ao mundo que é um país capaz de se manter unido, apesar da crise econômica e financeira que enfrenta atualmente.
Sem dizer quem irá substitui-lo, ele explicou que sua decisão de pedir demissão oficialmente tem o intuito de facilitar o caminho para o novo governo de coalizão nacional, que deve comandar o país até as eleições programadas para o dia 19 de fevereiro.
Eu gostaria de desejar todo o sucesso para o novo primeiro-ministro e, claro, para o novo governo, Estarei ao lado deles e os apoiarei com toda a minha força", afirmou ele em discurso à nação.
Papandreou garantiu ainda que o país irá implementar o plano de resgate europeu acertado em outubro para balancear as contas nacionais e evitar um default (suspensão dos pagamentos) na Grécia.
A agência de notícias Reuters, citando fontes anônimas, disse que os principais partidos políticos gregos decidiram que o líder do Parlamento da Grécia, Filippos Petsalnikos, deve comandar o novo governo de união nacional.
Ontem, os ministros do gabinete de Papandreou colocaram à disposição do premiê seus cargos, medida que segue na direção da formação de um novo governo.
Papandreou se reúne ainda hoje com o presidente Karolos Papulias para discutir a situação política do país. Há dias, os dois principais partidos gregos tentam entrar em um acordo sobre quem deve liderar o governo.
Quem assumir o poder na Grécia tem como meta principal fazer com que o acordo europeu de resgate ao país seja aprovado no Parlamento. Quem assumir, fica no poder até fevereiro de 2012, para quando foram agendadas eleições antecipadas na Grécia. A data marcada deve dar tempo suficiente para completar o prazo de redução da dívida do país, como parte de um acordo feito com a UE (União Europeia) em 26 de outubro.
A crise que abalou o governo veio na semana passada, após uma tentativa frustrada de Papandreou de convocar um referendo sobre o resgate europeu à Grécia.
As informações são da Folha de São Paulo
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