Pelo menos 200 mil pessoas no mundo já se inscreveram no projeto Mars One, que pretende criar uma colônia humana no planeta Marte. Segundo o holandês Bas Lansdorp, criador do programa, entre os candidatos cerca de 10 mil são brasileiros querendo conhecer o planeta vizinho da Terra. A própria Nasa, a agência espacial americana, nunca enviou uma missão tripulada a Marte, não porque enviar um foguete para lá seja difícil. A parte complicada é a viagem de volta. A Mars One propõe uma solução pragmática para este problema: eliminar o retorno. As pessoas irão para ficar.
Segundo reportagem do jornal O Globo, a primeira missão está prevista para partir da Terra em 2018, quando a empresa conquistará o título de primeira companhia privada a pousar em Marte, se tudo der certo. Mas a primeira nave espacial tripulada só sairá daqui em 2024, quando o equipamento para receber humanos, com painéis solares, estrutura para cultivo de alimentos, para produção de uma atmosfera respirável, entre outras condições, já terá sido montado por robôs. A viagem, em uma nave de espaço muito limitado, durará 7 meses. Depois da chegada da primeira equipe, novos estronautas, sempre em grupos de quatro, dois homens e duas mulheres, serão enviados a cada dois anos.
O custo de U$$ 6 bilhões para desenvolver a ideia seria pago, segundo Lansdorp, com a transmissão do evento para todas as redes de TV do mundo, com o investimento de patrocinadores e doações de pessoas comuns.
"Há uma companhia interessada em financiar toda a missão nesse momento", comentou o empresário holandês, sem revelar detalhes, durante a Campus Party, em São Paulo nesse sábado (7).
