Meio Ambiente

BNEWS ESG: Reaproveitamento de resíduos minerais é alternativa para movimentar economia

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Agricultura, construção civil e indústria química podem se beneficiar  |   Bnews - Divulgação Vulcano/Divulgação

Publicado em 10/04/2023, às 17h59   Redação



Um fórum realizado pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), na sede da entidade, teve por objetivo discutir as reduções a respeito da dependência da importação dos fertilizantes. Além disso, no debate foram discutidas medidas para promover a circulação de novas matérias-primas e contribuir para a preservação do meio ambiente. As informações são do Correio.


Na ocasião, foram apresentadas três iniciativas que demonstraram que buscar alternativas econômicas para todo o material retirado do subsolo, e não apenas o minério principal da lavra, é algo positivo economicamente. “Aproveitar os resíduos é fundamental para a sustentabilidade da mineração. Eu diria até que é uma obrigação de empresas e do governo se empenharem porque isso vai permitir que nossa atividade gere bem mais empregos e renda”, disse o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm.


O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Paulo Misk, deu exemplos de sua experiência profissional, na Largo mineradora, no reaproveitamento de resíduos. De acordo com o executivo, com investimentos para a recuperação do titânio que é retirado da terra juntamente com o carro-chefe da empresa, a Largo pode obter um faturamento 2,5 vezes maior que aquele oriundo do vanádio. “Resíduo não pode ser associado a coisa ruim, sem qualidade. É preciso começar a pensar nele como algo que pode trazer benefícios econômicos”, ressaltou.


Quando se trata de reaproveitamento de resíduos da mineração, a remineralização é apontada como um dos cenários mais promissores. O processo consiste na utilização de pó de rocha na agricultura (fertilizante de liberação lenta) por meio da adição de macronutrientes como potássio, magnésio, cálcio, fósforo e enxofre, elementos fundamentais para o desenvolvimento das plantas.


A diretora-técnica da empresa Georaiz, a geóloga Viviane Oliveira, pontua que cerca de 35% da superfície do território baiano têm potencial para produzir remineralizadores de solo. “É uma excelente alternativa para o rejuvenescimento de nossos solos altamente intemperizados e, consequentemente, empobrecidos do ponto de vista mineralógico.”

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