Meio Ambiente

Mesmo embargada, plataforma da Petrobras continua em construção

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Secretário Aleluia quer derrubar liminar que garante continuidade do processo  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 29/04/2013, às 17h48   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)



Mais um problema envolve a construção do Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito da Bahia na Ponta de Nossa Senhora, na Ilha dos Frades, pela Petrobras. Desta vez, o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, garante que a obra está irregular. O Bocão News acompanha as denúncias dos pescadores e marisqueiras da região de que a obra prejudica a atividade pesqueira e a estatal não apresenta ações de compensação para a comunidade.

Em contato com o Bocão News, o secretário explica o caso. “Não há licença do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da prefeitura. Isso é uma agressão ao povo baiano. Eles estão atuando a base de liminares, o que está causando sérios impactos ao meio ambiente, inclusive aos pescadores. A estatal está realizando reuniões com os pescadores a portas fechadas, sem convidar a prefeitura para o debate, mas não apresenta nenhuma contrapartida. Estamos trabalhando para derrubar esta liminar”.

O presidente da Colônia Z3 de Bom Jesus dos Passos, Antônio Jorge Teixeira, afirma que o diálogo entre a categoria e a empresa continua difícil. “Nós apresentamos um projeto e eles não deram nenhum encaminhamento e agora estão com outra fórmula. Além disso, as embarcações que trabalham na obra trafegam em alta velocidade, rasgam as redes de pesca, e atrapalham o trabalho das marisqueiras”. Dentre as solicitações dos pescadores estão a regularização das embarcações junto à Capitania dos Portos, capacitação para os pescadores, e combustível para que possam pescar em outras localidades. Além disso solicitaram dois salários mínimos para cada tripulantes das embarcações.

Em resposta, a Petrobras informa que vem estabelecendo reuniões quinzenais com as colônias de pescadores para garantir a requalificação e melhorias na região, como alfabetização e capacitação profissional. Mais uma vez, Teixeira negou todas as informações.

Já sobre o embargo da obra, até o fechamento da matéria, a estatal não se pronunciou sobre o caso.


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