Manifestação
Publicado em 23/08/2015, às 17h18 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
A implantação do BRT (Bus Rapid Transit) de Feira de Santana, a 108 quilômetros de Salvador, continua gerando manifestações de moradores contrários à instalação dos corredores exclusivos de ônibus da forma que está sendo proposta.
Na manhã deste domingo (23), um grupo protestou contra a retirada de árvores da Avenida Getúlio Vargas de forma inusitada: com um piquenique no canteiro central.
De acordo com o site Acorda Cidade, os manifestantes defendem a preservação das árvores e da avenida. Uma das participantes, Simone Santos, disse à publicação que o sistema de transportes vai descaracterizar a cidade.
“As árvores são lindas, a avenida tem uma história e se fizerem o BRT aqui vai perder essa cultura. A (avenida) Getúlio tem uma tradição. Eu não sou contra o BRT, eu sou contra apenas que ele seja aqui na Getúlio para não acabar com as árvores. Se a gente não se mobilizar, o prefeito vai fazer o BRT e vai tirar a identidade da nossa cidade”, afirmou.
Na manhã deste sábado (22), cerca de 200 pessoas participaram de uma manifestação contra a implantação do BRT. Segundo os participantes, o projeto vai endividar o Município em mais de R$ 90 milhões e não irá resolver o problema do transporte público, além de provocar impactos ambientais.
O Ministério Público estadual ajuizou, na última quinta-feira (20), uma ação civil pública contra a Prefeitura de Feira de Santana por irregularidades detectadas no projeto.
Segundo a instituição, a implantação do sistema nas duas principais avenidas da cidade (Getúlio Vargas e João Durval) poderá causar danos urbanísticos e ambientais irreversíveis. O MP baiano pediu à Justiça que determine, por meio de liminar, a paralisação de qualquer atividade relacionada ao projeto de mobilidade urbana.
Ainda segundo o órgão, o projeto do BRT foi desenvolvido sem Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) válido, sem Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), sem prévia elaboração do Plano de Mobilidade Urbana e sem licença ambiental válida, já que a licença concedida não obedeceu requisitos previstos na própria legislação municipal.
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