Polícia

Luiz Viana lamenta agressão a editor do Bocão e cobra melhor preparo a PMs

Publicado em 06/07/2015, às 14h03   Rodrigo Daniel Silva (Twitter: @rodansilva)


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O presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Luiz Viana Queiroz, lamentou, na noite deste domingo (5), o despreparo de alguns policiais após o jornalista Marivaldo Filho sofrer uma agressão de PMs, no bairro do Bonfim. O editor de política do Bocão News foi espancado por policiais na noite do último sábado (4).
“É lamentável o despreparo de alguns policiais baianos. A polícia existe para proteger e não para ferir cidadãos de bem. É preciso apurar o fato e punir todo aquele que tenha quebrado o Código de Disciplina Policial Militar”, afirmou Luiz Viana, cobrando que o Estado da Bahia invista no melhor preparo dos agentes policiais. 
Agressão
O jornalista Marivaldo Filho, editor de política do site Bocão News, foi agredido por policiais militares na noite de sábado (4), no bairro do Bonfim, em Salvador. De acordo com o jornalista, ele estava em uma confraternização, quando duas pessoas se desentenderam. "Tinha uma viatura perto na hora. Durante a abordagem, os policiais tiveram uma postura a favor de um dos envolvidos na briga, que era policial, e deram início a uma sessão de espancamento contra o outro. Os policiais chegaram até a ralar o rosto do rapaz no chão. Por conta da atitude, decidi registrar a ação”, contou. 
Segundo o profissional de imprensa, um dos policiais que percebeu que ele fazia o registro da ação, imediatamente o abordou e de forma violenta. "Ele pediu para apagar a foto. Eu disse que não iria apagar. Tentei argumentar que não tinha porque apagar. Isso gerou uma fúria maior no policial, que me deu voz de prisão”, afirmou.
Marivaldo foi algemado e levado para uma viatura da polícia. Antes, foi vítima de uma série de agressões. “Ele começou a dar vários socos em minha cabeça. Depois pediu meu celular e pediu para destravar para que ele pudesse apagar as fotos. Eu tinha recebido tanto soco que não tinha mais condições nem de digitar a senha do meu celular. Quanto mais errava a senha, mais socos recebia. Ele pegou alguma coisa no chão, que eu acredito que tenha sido uma pedra, e me agrediu. Sangrou muito. Acho que o PM só parou de me bater quando viu que eu estava sangrando muito", relatou.
Marivaldo garante que tomará todas as medidas cabíveis. “Independente dos riscos, de tudo que isso implica, eu vou denunciá-los na corregedoria da Polícia Militar e vou procurar o Sindicato dos Jornalistas também”, pontuou. 

Publicada às 22h do dia 5

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