Advogado de pescadores acusa Petrobras de dificultar perícia em área contaminada

Um derramamento de óleo na Baía de Todos os Santos em 2009 rendeu a pescadores e marisqueiros uma indenização da Petrobras, responsável pelo acidente ocorrido na região de São Francisco do Conde e Madre de Deus.

Na manhã desta quarta-feira (19), pelo menos 60 pescadores da cidade de São Francisco do Conde fizeram um protesto na frente do edifício CEO Salvador Shopping, no Caminho das Árvores, cobrando o pagamento dos valores definidos pela Justiça. No local, funciona o escritório de advocacia que defende os pescadores na ação.

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Em entrevista ao BNews, o advogado Domingos Arjones, um dos defensores dos pescadores, afirmou que foi com uma comitiva até o fórum onde o processo tramita e mostrou ao grupo que foi solicitada a liberação dos recursos financeiros devidos às vítimas. "A Petrobras fica sempre recorrendo para evitar a liberação dos valores dos pescadores. O processo é de 2009 e a Petrobras insiste em continuar recorrendo para não pagar aos pescadores. Eles [Petrobras] disseram aos pescadores que a culpa era dos advogados e do Judiciário. Juntamos uma comitiva, fomos lá e mostrei no processo que eles [Petrobras] continuam recorrendo contra todas as decisões. A gente já pediu a liberação desses valores e a Petrobras está recorrendo para não pagar", frisou.

Outro obstáculo imposto pela estatal, conforme aponta Arjones, é a realização da perícia na área atingida pelo derramamento de óleo. O ato constituiria prova do crime que tem impactos na vida aquática até os dias de hoje. 

"O acidente foi em 2009 e até hoje a Petrobras está dificultando a realização da perícia. A área do manguezal no quadrante norte da Baía de Todos os Santos ainda está toda contaminada", afirmou o advogado.

A reportagem entrou em contato com a Petrobras, não obteve retorno até o momento que esta matéria foi publicada.

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Publicada originalmente em 19/07 às 12h40