Justiça

Promotora justifica porque não pedirá prisão dos policiais do caso Geovane

Publicado em 17/04/2015, às 17h27   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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A promotora de Justiça, Isabel Adelaide Moura, disse, na tarde desta sexta-feira (17), que não pedirá a prisão preventiva dos 11 policias militares envolvidos na morte do jovem Geovane Mascarenhas, de 22 anos.
“Não existe nenhum motivo que justifique o direito que eles têm de responder o processo em liberdade”, justificou. A promotora disse que não acredita na possibilidade dos policiais atrapalharem a instrução (ou seja, a produção de provas). Ressaltou, ainda, que não há um clamor social pelo caso Geovane, mas sim pelos altos índices de violência. A promotora frisou que os 11 acusados só foram identificados por conta do GPS das viaturas. 
Na avaliação dela, Geovanne Mascarenhas foi executado de forma “brutal”. A promotora desconversou quando questionada se os policiais respondem a outros processos. “Não é o fato deles (policiais) responderem a um ou dois processos que eles são criminosos”, afirmou, salientando que isso não traduz grau de periculosidade do indivíduo. 
De acordo com o Ministério Público, os 11 policiais lotados nas Rondas Especiais (Rondesp) foram denunciados por sequestro, roubo e homicídio qualificado. Destes, seis foram acusados também por ocultação de cadáver. A pena mínima, somada, para estes crimes é de 26 anos. 
Caso
Geovane Mascarenha desapareceu, no dia 2 de agosto do ano passado, após abordagem de policiais militares e foi encontrado morto em Salvador. De acordo com a polícia, o jovem foi decapitado, carbonizado, teve duas tatuagens removidas do corpo e os órgãos genitais retirados. Os policiais que abordaram Geovane foram identificados e presos. 
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