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Luiz Eduardo Magalhães: Pais apelam para conseguir prótese para filho de 8 anos

Publicado em 25/08/2015, às 20h29   Tony Silva (Twitter: @Tony_SilvaBNews)


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O drama de uma família tomou repercussão na cidade de Luiz Eduardo Magalhães e regiões vizinhas na última semana. O pedreiro Márcio Alves dos Santos, 37 anos, e a dona de casa, Elenice Fernandes da Silva, vêm tentando há quatro anos conseguir uma prótese para o filho, Marcos da Silva dos Santos, 8 anos, conhecido carinhosamente no bairro Jardim das Acácias, como  Marquinhos. O pedido foi feito à Secretaria de Assistência Social do município, que não forneceu o equipamento. Mesmo com o grande desafio de ter nascido sem o pé esquerdo, o garoto gosta de correr, brincar de futebol e sonha em ser jogador.

A reportagem do Bocão News conversou com Marquinhos e ele contou qual seu maior sonho e até o time favorito. “Eu gosto de correr, de brincar e quero ser jogador. Meu time é o Flamengo e eu torço também pela Seleção Brasileira”, disse. Apesar do sorriso de Marquinhos, dificuldades não faltam à vida do garoto. Segundo declaração da mãe do garoto ao blog Sigi Vilares, ele começou a andar com quase dois anos. Marcos passou a enfrentar o desafio de se locomover sem o pé. Ele cresceu se apoaindo apenas em uma perna para se locomover. 

Diante da dificuldade do filho, Márcio Alves tentou buscar um benefício no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o filho, mas foi negado. Segundo o pedreiro, a carta do órgão diz que Marcos terá condições de trabalhar e negou qualquer benefício. Para amenizar a situação de Marquinhos, Márcio procurou sapateiros para fazer uma bota que ajudasse na mobilidade do garoto, mas nenhum conseguiu desenvolver um calçado.

Em contato com a reportagem do Bocão News, Márcio explicou que diante de tal dificuldade, fez o calçado para o filho, quando ele ainda tinha quatro anos. Apesar de amenizar a dificuldade do garoto, a bota sempre tem que passar por reparos e pesa muito. “Sempre tenho que ajeitar a bota dele. Colo borracha, couro e quando cai terra dentro o incomoda. A bota também pesa e prejudica a coluna dele.”, disse Márcio.

Marcos ainda é um garoto estudioso. Segundo o pai, não falta aulas e vai bem na escolata em uma aula. “Sonho que meu filho tenha uma profissão que não precise ter esforço na perna, como eu tenho. Queria que ele fosse médico, mas não tenho condições de pagar. Pois ele tem mais dois irmãos, de 10 e 12 anos. E eu, quando consigo um trabalho ganho no máximo R$ 1500. Eu trabalho fazendo bico como pedreiro. No momento estou parado”, desabafa.

O pai de Marquinhos contou ainda, que nesta terça-feira (25) foi ao Centro de Prevenção e Reabilitação de Deficiências do Oeste da Bahia (Ceproeste) no município de Barreiras, encaminhado pela secretaria do município, com a finalidade de conseguir a prótese para o filho. Mas, segundo o pedreiro, o caminho ainda é longo. “Eles ficaram de encaminhar para Salvador. Mas disseram que vai demorar, pois já tem muita gente na frente com a mesma necessidade. Depois de esperar quatro anos, qualquer tempo é muito tempo”, desabafa.

O pai de Marquinhos disse à reportagem que a prótese teria um custo de aproximadamente R$13 mil. Este seria o valor desembolsado pela Secretaria de Saúde de Luis Eduardo Magalhães, que informou não ter dinheiro para fornecer o aparelho. No entanto, segundo dados do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Luiz Eduardo Magalhães é a décima maior economia do estado da Bahia e a receita total do município é de R$ 230 milhões.

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