Infraestrutura

Lojistas do aeroporto ameaçam fechar as portas

Imagem Lojistas do aeroporto ameaçam fechar as portas
Mudança de cobrança elétrica deve aumentar custos e serão repassados aos consumidores  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/12/2013, às 09h09   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Se as obras do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães causam transtornos aos passageiros que transitam pelo saguão, imagina para quem trabalha no local. As intervenções estão causando revolta entre os concessionários das 200 lojas devido a uma alteração no serviço de energia elétrica do terminal.

De acordo com o presidente da Associação dos Concessionários Aeroportuários de Salvador (Acap), Franc Kragl, a direção da Infraero já informou que até a Copa do Mundo, todos os lojistas devem mudar o sistema de fornecimento de energia elétrica para 110W. “Há cerca de seis meses fomos surpreendidos com um comunicado de que haveria a transferência do fornecimento de energia para a Coelba. Hoje é a administradora da Infraero que realiza. Com isso, consequências drásticas afetarão os concessionários”.

Segundo Kragl, os custos podem triplicar e o maior prejudicado será o consumidor final. Hoje, a Coelba repassa os custos para a Infraero que repassa aos concessionários por uma taxa reduzida. Com a alteração, a empresa baiana passa a cobrar diretamente dos lojistas. Atualmente, a Infraero repassa R$ 0,26. A carga tributária ao lojista pode chegar a 27% (ICMS). “Assim, a atividade passa a ser inviável para os empresários que passarão os custos ao passageiro. E nós não queremos isso”, afirma o presidente.

Ainda de acordo com Kragl, o faturamento da Coelba atualmente é de R$ 6 milhões. Com a alteração, a empresa passa a receber R$ 12 milhões. “Isso sem justificativa nenhuma. Ninguém nos informa o porque desta mudança, já que todos os aeroportos do Brasil trabalham nesse sistema. Por que só Salvador vai mudar?”

Há 10 anos, a gerente de um dos restaurantes da praça de alimentação do terminal, Maria Angélica Mumford, acredita que com a mudança é possível que haja demissões. “Essa mudança pode causar demissões já que teremos que fechar as portas. É um impacto muito grande. Primeiro que não compreendemos o porquê desta mudança, logo próximo aos grandes eventos. A tarifa vai triplicar e poderá chegar a ser superior ao valor do aluguel. É uma mudança desnecessária. E não temos compreensão ainda. Já tiveram reuniões e nada foi apresentado para nós”.

O diretor de operações da Infraero, João Márcio Jordão, garantiu levar o manifesto entregue pelos lojista à reunião da diretoria na próxima semana e analisar a proposta dos concessionários.

Publicada no dia 9 de dezembro de 2013, às 21h17

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