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‘Como a CCR não tem responsabilidade se a obra é dela?’, questiona sindicato

Imagem  ‘Como a CCR não tem responsabilidade se a obra é dela?’, questiona sindicato
Concessionária do metrô diz que greve é incumbência de cada terceirizada  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/08/2014, às 19h00   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)



O presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav-BA), Irailson Warneaux rebateu a omissão de responsabilidade da CCR, que administra o sistema do metrô de Salvador, sobre o acidente de um funcionário terceirizado, nesta quarta-feira (6). Os trabalhadores estão em greve por tempo indeterminado.

“Como a CCR não tem responsabilidade se a obra é dela?”, rebateu o presidente. De acordo com Warneaux, a concessionária tem total incumbência sobre as 112 empresas terceirizadas que prestam serviços, em diversas áreas, desde a construção, passando pela eletricidade. Eldo Pereira Alves, de 25 anos, despencou de um poste e morreu ontem.

Ainda segundo o sindicalista, o Sintepav aguarda uma perícia no equipamento para que sejam esclarecidas a causa do acidente. “O problema foi no manuseio ou na estrutura do poste? Precisamos saber disso”. Entretanto, outras questões, além da comoção, envolvem a greve dos trabalhadores: equiparação salarial. A concessionária já teria uma pauta de reivindicações dos terceirizados.

De acordo com o presidente, a diferença salarial entre as empresas é alarmante. “Queremos a equiparação de salários, cesta básica e participação nos lucros e resultados, já acordada com o consórcio”, revela. Cada trabalhador teria direito a 300 horas extensivo até o final do contrato, em 2017. “Como resposável solidária, a CCR deve intermediar com as 112 contratadas por ela todas essas questões”, afirma o sindicalista.

Nesta sexta-feira (8), sindicato e concessionária se reunirão para debater a pauta de greve. Na segunda-feira (11), os trabalhadores realizam assembleia no canteiro de obras do Retiro. Até lá, equipes do sindicato fiscalizarão os canteiros para que nenhum funcionário continue suas atividade.

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