Geral

Frentistas protestam, mas vão torcer pelo Brasil e criticam black blocs

Imagem Frentistas protestam, mas vão torcer pelo Brasil e criticam black blocs
Para o presidente do sindicato, Antônio José dos Santos, a categoria está muito exposta  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/06/2014, às 10h07   Lucas Franco (Twitter: @lucasfranco88)



O dia da estreia do Brasil na Copa do Mundo, nesta quinta-feira (12), tem na agenda algumas manifestações. Durante a manhã, no posto BR próximo da rodoviária de Salvador, o Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) realizaram protesto por aumento de 15%, plano de saúde, cesta básica e ticket de alimentação.
Para o presidente do sindicato, Antônio José dos Santos, a categoria está muito exposta. "Nosso único benefício é pagar os cartões clonados, assalto, e a falta de estoque nas lojas de conveniência", contextualiza.
No entanto, Antônio José não enxerga relação entre os problemas da categoria e o futebol. "O clima está tenso, estamos há três meses negociando e nada, a próxima audiência será no Ministério Público no dia 3 de julho às 13h. Mas nunca vou torcer contra o Brasil [Seleção Brasileira]. Vamos torcer é para que os patrões sentem na mesa para negociarmos, esse será o gol de placa. O Dieese apontou que, no Brasil, o estado da Bahia é onde o setor de combustíveis tem mais lucro".
Na sua opinião, os black blocs não o representam a categoria. "Esse pessoal que anda com máscaras mostrar a cara como nós frentistas, que mostramos nosso rosto para mostrar o sofrimento da nossa categoria", opina.
Já o frentista que trabalha no posto em que acontece o protesto, Raimundo Duarte, 32 anos de idade e 3 anos na profissão, defende que o protesto dos frentistas é pacífico e que não causa engarrafamento. "É um movimento tranquilo, reforça a categoria na luta para conquistar os benefícios. Qualquer assalto a gente tem que pagar", disse Duarte, que não vê motivo para não torcer pelo Brasil. "Estou otimista. Não temos que esconder que somos apaixonados por futebol".
Assim como o presidente do sindicato, o frentista não ache que os black blocs representem todo o país. "Essas manifestações parecem ter integrantes exaltados, vândalos infiltrados, o que tira o foco das manifestações", opina.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp