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Catadores querem inclusão na cadeia do lixo

Imagem Catadores querem inclusão na cadeia do lixo
Na Bahia, existem mais de 34 mil trabalhadores com materiais recicláveis  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/12/2013, às 22h25   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A criação de uma comissão com a participação das secretarias do governo do estado para planejar a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis foi proposta durante o encontro da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, nesta quarta-feira (4). Na Bahia, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2012, existem 34.107 catadores e catadoras de materiais recicláveis. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 64% são homens e 34% mulheres.

Mais de 400 catadores de 23 cidades e 17 territórios de identidade participaram da audiência pública proposta pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT). No encontro foi apresentada aos deputados a tecnologia social de gerenciamento de resíduos sólidos e organização dos catadores de materiais recicláveis na cadeia do lixo.

João Paulo, do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, considera a coleta seletiva fundamental para a preservação do meio ambiente, diferente da incineração.“Esse evento marca não só a participação, mas a força dos catadores no estado da Bahia. A gente tem mais de 34 mil pessoas que sobrevivem dos materiais recicláveis é importante, portanto, que o estado, o município e a União estejam voltado para esses trabalhadores, com políticas públicas inclusivas”, observa.

Na avaliação do promotor do Ministério Público, Dr. Marcelo Guedes, é importante incluir com dignidade os catadores e catadoras de materiais recicláveis na cadeia produtiva do lixo. "É fundamental garantir o espaço e o protagonismo dos catadores. Eles são o elo mais fraco dessa cadeia do lixo", avalia.

Para o propositor da audiência a política estadual de resíduos sólidos deve contribuir para assegurar espaços de participação efetiva da categoria. “No nosso entendimento, essas trabalhadoras e trabalhadores desenvolvem um papel central nas políticas públicas que tratam dos resíduos sólidos. A política nacional de resíduos sólidos prevê o fim dos lixões em todas as cidades do país em 2014. Não há política nacional de resíduos sólidos possível se os catadores não tiveram assegurado o seu direito de trabalhar com dignidade”, pontuou Galo.

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