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Radialista preso por extorsão disse ter temido por sua vida

Imagem Radialista preso por extorsão disse ter temido por sua vida
Ivan Carlos contou sua versão com exclusividade a Zé Eduardo, no "Se Liga Bocão"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/02/2011, às 13h43   Redação Bocão News



Solto nesta quarta-feira (2) após ter ficado preso nas dependências da Delegacia de Repressão a Estelionato e outras Fraudes (Dreof) por cerca de sete dias, o radialista Ivan Carlos Oliveira Silva, 47, conversou, nesta quinta-feira (3), com exclusividade, com o apresentador Zé Eduardo, do programa “Se Liga Bocão”, da TV Itapoan, rede Record.

Ivan Carlos foi preso em 26 de janeiro, nas proximidades do Aeroclube Plaza Show acusado de tentar extorquir Diogo Medrado, diretor da rádio Salvador FM e filho do deputado Marcos Medrado.  Ivan Carlos falouDurante a entrevista ele reafirmoua Zé Eduardo ter ficado cerca de dois meses tentando receber o dinheiro que a rádio Salvador FM, de propriedade do deputado federal Marcos Medrado, teria ficado lhe devendo da rescisão trabalhista.

Sem conseguir sequer ser recebido pela direção da rádio, Ivan Carlos teria apelado para as supostas ameaças à direção da rádio com o intuito de, contou ele, atrair a atenção de Diogo Medrado, um dos diretores e filho do deputado, como último recursos para conseguir cobrar a dívida que, no seu entendimento, a empresa tinha para com ele.

O radalista disse que marcou o encontro com Diogo em local público por temer por sua vida. Entendi que não deveria voltar à emissora, mesmo para trtar de um acordo, porque não sabi ao que poderia ocorrer. Por isso, considerei melhor marcar em local público, aberto", afirmou, respondendo, quando questionado porque temia por sua vida, disse ter uma ‘intuição’ que iria morrer”. 

Ivan Carlos não revelou nenhum fato novo, acrescentando apenas alguns detalhes das ocorrências que terminaram com a sua prisão. Aproveitou a oportunidade para fazer acusações sobre o comportamento dos diretores da Salvador FM, empresa a qual, afirmou ter vestindo a camisa, mas não teria recebido dos Medrados o reconhecimento e tratamento que correspondente com a sua dedicação e empenho, embora tenha ouvido diversas vezes leogios por parte de Marcos Medrado. 

Ele disse que os emails repassados a Diogo Medrado não tinham conotação de chantagem, mas era apenas uma cobrança da dívida quea empresa teria com ele. Acusou, por fim, Diogo Medrado de ser “igual ou pior do que o pai”, sem especificar, no entanto, em relação a que fez a referência. Conforme o radialista, a cada instante dos sete dias em que esteve preso na Dreof onde, fez questão de frisar, teria sido bem tratado pela delegada Joana Angélica, Marcos e Diogo Medrado tiravam não apenas um pedaço de si, mas da sua filha,seus amigos, dapopulação e dos seus ouvintes. 

Enquanto o radialista fazia acusações contra os Medrado, Zé Eduardo colocou o espaço do Se Liga Bocão à disposição do deputado Marcos Medrado ou seu filho Diogo para expor sua versão sobre os fatos. Diogo Medrado aceitou o convite e, por telefone, disse que não considerar as mensagens enviadas por email por Ivan Carlos uma forma de chantageá-los é "menosprezar a inteligência dadelegada Joana Angélica", pois ela não teria efetuado a prisão do radialista se não considerasse que ele cometeu um crime.

Diogo questionou também a informação de Ivan Carlos de que apenas cobrava uma dívida trabalhista. "Se era assim, por que não foi para a Justiça do Trabalho. Aliás, você passou email para Maurício Carvalho que é juiz do Trabalho", disse Diogo colocando-se à disposição de Zé Eduardo para comparecer ao "Se Liga Bocão" desta sexta-feira (4) com todo material que constitui as provas da tentativa de extorsão praticada pelo radialista.

Ivan Carlos trabalhou pouco mais de um ano na Salvador FM e, após ser demitido, iniciou um processo de extorsão contra o deputado, ameaçando divulgar “informações que poderiam comprometer o parlamentar”.  As ameaças, inicialmente feitas por telefone, foram documentadas por email.

Por orientação do advogado da emissora foi feito uma registro na polícia e armado o flagrante contra o radialista, que pedia R$ 150 mil e um carro no valor de R$ 70 mil ou o equivalente em dinheiro para não tornar públicas as informações contra o parlamentar, acusado, entre outras coisas, de usar verba da Câmara Federal para efetuar pagamento de salários dos seus funcionários da rádio.

Foto: Edson Ruiz/Bocão News

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