No Complexo dos Barris, onde funcionam as delegacias de Homicídio, Tóxicos e Entorpecentes, a 1ª DP, o Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) e o estande de tiros o delegado geral da Polícia Civil, Joselito Bispo, acompanhado do subsecretário de Segurança Pública, Ary Pereira de Oliveira, e da delegada adjunta, Emília Blanco, iniciou neste sábado (29) uma série de vistorias para ver de perto a rotina das unidades em seus plantões.
A iniciativa pode revelar grandes surpresas ao delegado geral, caso as vistorias sejam feita de surpresa. Falta de plantonistas e agentes, má vontade e despreparo no atendimento, são algumas das realidades com as quais se depara diariamente o cidadão baiano.
Na 12ª DP, em Itapuã, por exemplo, no final de tarde, é comum se ver os agentes sentados na praça ao lado da delegacia, sem a mínima preocupação com o que ocorre lá dentro. Alguns plantonistas simplesmente saem no horário de trabalho com as mais diferentes desculpas, retornando horas depois, deixando com o escrivão a responsabilidade dos atendimentos que deveriam ser tocados por eles (delegados).
Sem conta a recusa em registrar ocorrências de pessoas que chegam à delegacia. Na terça-feira, por exemplo, Leonardo Vitor sofreu uma tentativa de assalto na Ladeira do Abaeté, sendo ferido com um tiro no braço.
Ao se dirigir à 12 ªDP para registrar o fato, não obteve sucesso. Foi encaminhado para a Delegacia de Furtos de Veículos sob a alegação de que sofrera a tentativa de assalto porque os ladrões queriam a sua moto, embora o veículo que não tenha sido roubado.
É comum também que cidadãos que tentam registrar ocorrê3ncia por perda ou furto de documentos recebam dos agentes a informação que o registro só pode ser feito pela internet, quando a informação não procede, já que o registro digital é apenas mais uma ferramenta criada pelo governo para “facilitar” a vida do cidadão.
O delgado Joselito Bispo pode ficar surpreso com as péssimas condições de funcionamento da maioria das delegacias de Salvador, motivo da queixa de usuários, delegados, agentes e até mesmo dos presos. A esperança é que as vistorias promovidas pelo delegado-geral sirvam para melhorar não apenas a qualidade do atendimento, mas o conjunto do serviço prestado pela Segurança Pública ao cidadão baiano.
