Os agentes penitenciários do Presídio Salvador, localizado na Mata Escura, cruzaram os braços nesta quarta-feira (1º). De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Ailton Ferreira de Santiago, o motivo da paralisação é a escassez de profissionais, em parte, motivada pela transferência de muitos agentes para a Cadeia Pública inaugurada no final de março deste ano, embora tenha começado a operar apenas em maio.
Ferreira explicou que o governador Jaques Wagner juntamente com o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Ivan Guimarães Bessa Júnior nada fizeram para resolver os problemas do Presídio de Salvador.
“A situação está precária não só aqui, mas em todo Estado. Não tem pessoal suficiente nas penitenciárias e o que resta ainda é remanejado para a Cadeia Pública que só opera com funcionários de outras unidades. Ainda assim, o governo abriu apenas 80 vagas para preencher um déficit que chega a 1.500 agentes”, desabafa Ferreira.
As unidades prisionais tanto da capital quanto do interior passam pela mesma situação: há uma carência grande de servidores, de equipamentos, de viaturas, entre outras.
O coordenador afirmou que a
manifestação que acontece agora em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), vai decidir o rumo da situação. Os agentes penitenciários reivindicam a convoação dos 844 aprovados no concurso público realizado em 18 de abril, o fim das contratações temporárias pelo Regime Especial em Direito Administrativo (REDA) e a mudança de classe dos agentes, que conforme o Sinspeb, não há promoção de cargos há quatro anos.
Caso não haja o diálogo esperado com o governador, a classe já anunciou que entrará em greve por tempo indeterminado.
