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Greve dos rodoviários está marcada para meia-noite

Imagem Greve dos rodoviários está marcada para meia-noite
Categoria e patrões não entram em acordo após reunião  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/05/2012, às 11h17   Caroline Gois e Redação Bocão News



Atualizada às 10h45

A greve dos rodoviários, decretada no último dia 17, deve ser deflagrada nesta quarta-feira (23), às 0h. "Em assembleia decidimos parar às 0h do dia 23  - de terça para quarta", confirmou ao Bocão News o diretor de Comunicação do Sindicato, Ubirajara Sales.

Ainda de acordo com o diretor de comunicação, após as três reuniões previstas para esta terça-feira (22), a categoria se reúne no Ginásio dos Bancários para decidir se levarão a paralisação adiante. "Nós vamos nos reunir e colocar para a categoria a proposta que nos foi apresentada. Se a categoria aceitar, não entraremos em greve", disse. A Justiça determinou que 40% dos ônibus devem circular durante a possível greve, e nos horários de pico, o porcentual sobe para 60%.
Segundo Sales, a categoria reivindica um reajuste salarial de 13,98%, ticket alimentação de férias, plano de sáude com dependentes e R$ 15 de ticket por folha. "Até dia 23 teremos mediações com o Ministério Público, Secretaria dos Transportes e iremos analisar as contrapropostas. Mas, até então, a greve está mantida", afirmou.
A segunda reunião de mediação entre os sindicatos de trabalhadores e de empresários do setor, realizada na segunda-feira (21), terminou sem acordo.  
Patrões e empregados levaram propostas para o encontro realizado na sede do Ministério Público do Trabalho, no Corredor da Vitória. No fim da reunião, um oficial de justiça entregou notificação ao presidente do sindicato dos rodoviários, Manoel Machado, informando que uma liminar obtida pelas empresas de transporte determina a manutenção de frota mínima de 40% durante a greve, com o percentual subindo para 60% nos horários de pico.
A pauta dos rodoviários traz uma série de itens, dentre os quais se destacam o reajuste salarial composto pelo índice inflacionário medido pelo Dieese mais ganho real de 8%, além de pagamento de quinquênio e aumento do valor do tíquete-alimentação.
A contraproposta admitia reajuste composto pela inflação do Dieese mais 5%, mas também queriam garantia de piso salarial de R$ 700 e manutenção do desconto de 10% do valor de face do tíquete. Os empresários propuseram pagar o reajuste salarial, com base no INPC, mas só a partir de setembro. Eles também não aceitaram retomar o pagamento de quinquênio. A categoria faz nova assembleia nesta terça (22), mas antes haverá negociação no TRT.

Fotos: Roberto Viana// Bocão News e Ascom MPT

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