"Não foi aventura, nós planejamos essa viagem há muito tempo e ninguém socorreu a gente e não teve nada de documento apreendido", diz o secretário de Turismo da cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador, Waldy Freitas Filho, 53 anos, que estava entre os 18 baianos que realizaram uma travessia de jet ski saindo do Rio Grande do Norte com destino a Camaçari. O empresário conta que a travessia começou na cidade de Natal e depois eles passaram pela Paraíba e Pernambuco, onde o grupo chegou a ser homenageado. "Nós mantínhamos contato com a equipe que estava em terra o tempo todo, só quando a gente chegou em Aracaju que tivémos problema com a Captania dos Portos", explica.
Waldy explicou ao Bocão News que a confusão começou quando eles chegaram em Pirambu, na colônia de pescadores, que fica antes de Aracaju, onde eles reabasteceram os veículos. "Nós iríamos seguir pelo mar para Aracaju, mas mudamos a trajetória quando nós encontramos agentes do Corpo de Bombeiros que realizavam treinamentos e nos indicaram a continuar a viagem pelo rio Pomongas, em Sergipe. Nós fomos mas no meio do percurso não dava para continuar, pois a maré estava baixa. Então, a gente decidiu parar para esperar a maré subir e só depois de cerca de quatro horas é que continuamos a viagem", disse o secretário.
E foi exatamente esta parada dos empresários que preocupou a equipe que estava por terra, pois eles acharam que os colegas estavam perdidos e resolveram entrar em contato com a Captania dos Portos. "O pessoal da Captania encontrou a gente parado a beira do rio, quando a gente já tinha desambarcado e abrigado os jets. Já estávamos indo para os carros de apoio para seguirmos para o hotel quando eles chegaram armado gerando toda a confusão", disse o empresário.
O empresário fez questão de esclarecer que o grupo estava bem equipado e que tudo foi planejado. "Não era nada amador. Por terra a gente tinha duas caminhonetes 4x4, com combustível. Entre nós havia um médico, um enfermeiro, um mecânico de jet ski", esclareceu Waldy. Ele informou ainda que a equipe tinha ainda água, comida e roupa suficiente pra dois dias, além de lanterna, facas, cabos e uma série de equipamentos de primeiro socorros.
Waldy disse ainda que não houve apreensão de carteiras, multa ou falta de documentos, e os veículos estavam regulares. "Todos estavam aptos a navegar, a marinha não encontrou nenhuma irregularidade", disse. A previsão dos aventureiros era realizar o passeio em seis dias, mas a viagem que começou no último dia 23 teve que ser interrompida, entretanto isso não desanimou Waldy que prometeu terminar em um outro momento a viagem com os amigos.
Nota originalmente publicada às 17h do dia 30
