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Operários da construção pesada de braços cruzados

Imagem Operários da construção pesada de braços cruzados
Trabalhadores entram na luta por campanha salarial e deixam canteiros de obras vazios   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/01/2012, às 16h11   Alessandro Isabel


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Marcha de mobilização pela Campanha Salarial 2012. Esse foi o motivo que fizeram os operários que trabalham na construção pesada cruzarem os braços nesta sexta-feira (20) em todo o estado. Os trabalhadores estiveram concentrados em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador, e caminharam em direção à Praça do Campo Grande.

Membros do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav), com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos e da Força Sindical utilizaram um carro de som para discursar e convencer os operários da importância do debate sobre a campanha salarial.  

Segundo o presidente do Sintepav-BA, Adalberto Galvão, a categoria reivindica reajuste de 20% no salário, horas extras  durante a semana de 80%, aos sábado de 100%, domingos e feriados de 120%, 40 horas semanais, pisos salariais unificados nacionalmente, plano de saúde para os empregados e dependentes. Além de cesta básica no valor de R$300.

Quem também esteve presente discursando para os operários, foi o Deputado Federal Nelson Pelegrino, que é pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT) à prefeitura de Salvador. Pelegrino fez questão de lembrar que sempre defendeu os interesses da classe operária. Segundo o pré-candidato, por ser advogado, defendeu durante 30 anos diversos sindicatos de Salvador e região metropolitana.

De acordo com o Sintepav-BA a adesão à paralisação em todo o estado foi a esperada pela categoria.  A mobilização conta com a participação de trabalhadores, como a Arena Fonte Nova, Ferrovia, Metrô Montagem Industrial, Via Expressa, Via Bahia, Pólo Naval, Consórcio 093, Obras de saneamento, obras de terraplanagem, Saneamento básico, entre outras.

Ainda segundo o sindicato na Bahia são mais de 30 mil trabalhadores da construção civil pesada, distribuídos em 301 obras, com mais de 300 empresas envolvidas e investimentos de aproximadamente R$ 20 bilhões. Adelberto Galvão lembra que a média do rendimento salarial dos trabalhadores é de R$ 1 mil, o que demonstra alto grau de pobreza. O presidente afirma que as manifestações irão continuar até o mês de março, quando os representantes das empresas irão definir se aceitam ou não as reivindicações da categoria.

Foto: Roberto Viana // Bocão News
Matéria publicada às 12h


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