A Parada Gay só será realizada neste domingo (11) mas já acontece polemica em relação ao evento que promete muitas emoções. A dançarina da banda Populart do Brasil e transexual, Gil Lima, que se declara representante do grupo na Ilha de Itaparica e lidera o movimento contra a deputada Luiza Maia (PT) no projeto contra músicas de pagode que em suas letras depreciem as mulheres, relatou à reportagem do Bocão News que sofreu preconceito do Grupo Gay da Bahia (GGB). A dançarina foi procurada pelo site após publicar em seu Twitter que este ano não participaria do evento.
@GILLIMAoficial “Quero comunicar a todos q ñ vou estar na parada gay de salvador,tenho motivos beijos da Gil Lima... não vou cansar de lutar pelo meus sonhos, sai da minha frente atrasa lado...” escreveu em seu micro blog.
Segundo a dançarina, sua banda tenta há dois anos compor o desfile da Parada Gay e não consegue. “É uma questão muito delicada, como eles pretendem combater a homofobia com atitudes como esta? A minha banda é de profissionais e mesmo assim não fomos autorizados pelo GGB”, declarou Gil Lima.
De acordo com o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, o evento está marcado para iniciar a partir das 11h com o desfile Campo Grande à Praça Castro Alves, no Centro de Salvador e tem com convidadas a delegada Patrícia Nuno, como madrinha, e a cantora e historiadora Juliana Ribeiro, além das bandas Pagode da Mulher Solteira com dançarina Rosenae, Nossa Juventude, Cela 4, e outros artistas convidados. Entretanto, quando questionado sobre a Populart do Brasil e sua dançarina Gil Lima, ele respondeu que nada sabia sobre o grupo.
Ainda de acordo com Gil Lima, em 2009 ela fez uma pequena participação em um dos palcos da Parada Gay a pedido de um dos presidentes do Pro Homo (Associação de Defesa e Proteção dos Direitos de Homossexuais), que hoje é madrinha. Mas este ano ela assegura não participará do evento em protesto.
Parada Gay
De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a expectativa é que um milhão de pessoas saiam às ruas da cidade para aproveitar as atrações e defender as causas do movimento gay. O número é minimizado pelos órgãos públicos, mas ainda sim expressivo. Segundo a Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador), são esperadas 700 mil pessoas na 10ª Parada Gay da Bahia.
Movimentação que provocará a mudança no trânsito em pelo menos sete trechos do Centro da cidade, além de reforço nas linhas de ônibus que passam pela região do evento (veja quadro ao lado). Além disso, serão 1.050 policiais militares deslocados para realizar a segurança na região, e 50 sanitários químicos distribuídos no circuito.
