Em greve há quase 60 dias, professores das Universidades Estaduais da Bahia querem que a Assembleia Legislativa instaure uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o que consideram "ato de impobridade administrativa" do governador Jaques Wagner e do secretário da Educação, Osvaldo Barreto, pelo descumprimento de ordem judicial que determina o pagamento dos salários da categoria.
Representação neste sentido foi protocolada no Legislativo estadual, onde os grevistas estão acampados desde a terça-feira (31). No documento, eles também pedem a convocação do secretário de Educação e do procurador geral do Estado para que prestem esclarecimentos sobre a desobediência.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, se comprometeu diante de representantes dos professores, estudantes e funcionários que o documento será encaminhado para avaliação da Mesa Diretora. Caso o entendimento seja seja favorável à categoria, o governador deverá ser convocado a prestar esclarecimentos no prazo de três dias.
A Associação dos Docentes da Uefs (Adufs) entrou com uma representação criminal no Ministério Público na manhã de ontem (01) solicitando a prisão dos secretárioa da Administração, Manuel Vitório, da Educação, Oswaldo Barreto e do governador do estado pelo não cumprimento da liminar concedida pela Justiça na quinta (26) que determina o pagamento dos salários suspensos dos professores.
A greve mobiliza 5 mil professores das quatro universidades estaduais, causando prejuízos a quase 60 mil alunos que estão sem aula.
Foto: Gilberto Júnior // Bocão News
