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Técnico da seleção feminina lamenta morte de Walewska: “Perdi uma filha, estou sem chão”

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Técnico e jogadora foram campeões olímpicos nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008  |   Bnews - Divulgação FIVB/Divulgação

Publicado em 22/09/2023, às 11h15   Cadastrado por Bernardo Rego



O técnico da seleção brasileira feminina, José Roberto Guimarães, comentou sobre a morte da jogadora Walewska, de 43 anos. Ele abriu o coração e disse ter perdido uma filha. A declaração foi feita logo após a derrota para a Turquia no Pré-Olímpico nesta sexta-feira (22), no Japão.

Em entrevista ao canal SporTV, Zé relembrou a convivência com Walewska na Seleção Brasileira e, principalmente, a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

“Ela era excepcional. Todo técnico, toda comissão gostaria de ter uma atleta como ela. Madura, tranquila, mas com uma vontade de fazer e realizar as coisas. A gente fica sem chão, perde a noção de muita coisa. Eu perdi uma filha, é muito duro. É um momento muito difícil para nós”, disse.

De acordo com o treinador, a informação sobre a morte da atleta foi confirmada durante a preparação para o duelo com a Turquia. Em um primeiro momento, a comissão técnica optou por falar sobre o assunto com as jogadoras minutos antes de entrar em quadra.

“É um momento muito difícil, muito complicado. Estávamos perto de ir para o vídeo quando chegou a notícia. A gente não sabia ainda exatamente. Preferimos, naquele momento, não falar absolutamente nada. Não era o momento adequado até entender um pouco o que estava acontecendo. Um pouco antes do jogo que a gente falou sobre. Colocar tarja, enfim. É um momento de muita tristeza e dificuldade para todo mundo”, acrescentou.

Multicampeão no vôlei mundial e um dos técnicos mais importantes da história, Zé Roberto também afirmou que Walewska deixa um legado e uma saudade eterna no coração de quem conviveu com ela.

“Conhecendo a Walewska como nós conhecíamos, ela foi um exemplo de dedicação, de comprometimento. De tudo de bom que uma jogadora, atleta, pessoa pode ter. Ela sempre se cuidou muito, ajudou o time. Sempre fez o que podia fazer da melhor maneira possível desde pequena. Jogou com várias jogadoras e com a gente por vários anos. A gente fica sem chão para saber exatamente e entender as coisas. É difícil falar sobre isso. Abalou todo mundo nesse momento”, disse o treinador.

Classificação Indicativa: Livre

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