Esporte

Supostos membros de grupo manipulador de partidas tinham ampla lista de contatos em diversos campeonato

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O MP aponta que o grupo manipulador era dividido em quatro núcleos específicos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais//Reprodução/Ministério Público
Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 21/05/2023, às 11h00



Nas últimas semanas, a manipulação de resultados de partidas em função de apostas esportivas tomou conta do noticiário esportivo. Um dos desdobramentos do caso envolveu dois membros do grupo acusado. Por meio de mensagens divulgadas nas redes sociais, Thiago Chambó e Bruno Lopez admitiram que possuíam contatos em vários campeonatos de diferentes estados brasileiros.

Até então, sete estados foram mencionados dentro da conversa, com a inclusão de Goiás. "Vamos ver com quem a gente consegue casar. Estou com contato no campeonato mineiro, paranaense, paulista, baiano, cearense", relatou Thiago Chambó, conforme publicado pelo portal g1.

O advogado William Albuquerque de Sousa Faria, por outro lado, afirmou que essas conversas não incriminam ou afirmam que o acusado promoveu vantagens com o término de modificar ou falsear o resultado de competições esportivas, ainda conforme a publicação. 

O MP aponta que dois membros do grupo manipulador discutiam sobre o planejamento e a estratégia. Foto: Reprodução/Ministério Público
O MP aponta que dois membros do grupo manipulador discutiam sobre o planejamento e a estratégia. Foto: Reprodução/Ministério Público

Por outro lado, o advogado Ralph Fraga, representante de Bruno Lopez, garantiu que a posição do seu cliente será relatada posteriormente. A conversa entre os suspeitos ocorreu no último dia 4 de janeiro deste ano. Além de Goiás, campeonatos de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e Sergipe também foram mencionados.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apontou que Thiago e Bruno frequentemente discutiam referente ao planejamento e a estratégia de novas manipulações em vários campeonatos estaduais. A estratégia de diversificar os aliados era fazer com que o grupo não chamasse atenção das casas de apostas para cometer as fraudes.

Dessa maneira, eles utilizavam estratégias, a exemplo do uso de robôs, que respondem por ferramentas de inteligência artificial treinadas para cometer tarefas. De modo geral, esses robôs entravam em 35 contas simultaneamente para apostar. Outro detalhe é que os 

membros usavam contas nos sites de apostas com ‘laranjas’ que ganhavam porcentagens depois pelo empréstimo.

Estrutura de 'multinacional'

O MP indica que o grupo criminoso tinha como proposta juntar jogadores com ofertas que variavam de R$ 50 mil a R$ 100 mil. A ideia era que eles cometessem lances, como número de escanteios, faltas, cartões amarelos, com o propósito de influenciar nos placares dos jogos. Em resumo, o esquema abrangia quatro núcleos: apostadores, financiadores, intermediadores e administrativo.

O primeiro grupo, de apostadores, contratava e aliciava jogadores para participação no esquema delitivo, enquanto o de financiadores assegurava o suporte das verbas de pagamento dos jogadores. 

Já o de intermediadores indicava contatos e facilitava a aproximação entre apostadores e atletas aptos. Por fim, o de administração fazia as transferências financeiras a integrantes da organização e dos jogadores.

Classificação Indicativa: Livre

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