Seleção brasileira de handebol é vítima de racismo em campeonato na Argentina: 'Jogaram bananas'

A seleção brasileira de handebol, campeã do Torneio Sul-Centro Americano, realizado em Buenos Aires, foi alvo de ataques racistas por torcedores argentinos. A denúncia foi feita pelo capitão Thiagus Petrus através do Instagram.

Segundo Petrus, após a partida final contra a Argentina, torcedores jogaram bananas na quadra. Além disso, contou que recebeu ofensas em mensagens em sua conta das redes sociais, sendo chamado de "macaco da selva".

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"No final do último jogo, foram jogadas três bananas na quadra que eu vi. Pode ser que tivesse mais alguma. Se isso não fosse suficiente, recebi mensagens discriminatórias e coloco apenas uma delas que recebi. Difícil estar feliz com esse tipo de situação, mas certo de que estou no caminho certo se a minoria racista fica incomodada com o meu trabalho e dos meus companheiros", escreveu.

Além dos insultos, o brasileiro reclamou da organização da competição. "Campeões do Sul-Centro Americano! Cinco jogos em 5 dias para atletas profissionais que só aumenta o risco de se lesionarem, sem descanso desejado, dois jogos em menos de 24 horas, sem que os organizadores da competição se importem", iniciou seu desabafo.

"Atrasos no transporte, comida e instalações que não sejam a mais adequada para atletas. E pra completar uma minoria que atrapalha o esporte", disse.

Em nota, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) repudiando mais uma vez atos de racismo contra atletas do Brasil e pedindo punição.

"O Comitê Olímpico do Brasil repudia e condena veementemente as manifestações racistas denunciadas pelo atleta Thiagus Petrus em sua página no Instagram, ocorridas no campeonato Sul Centro Americano de handebol, em Buenos Aires (ARG). Não há espaço para preconceito e é absurdo que, em 2024, ainda sejam vistos casos de discriminação e injúria no esporte ou em qualquer esfera da sociedade. O COB ressalta que este tipo de violência não deve ser tolerada e pede que as autoridades competentes investiguem e ajam de acordo com a gravidade do caso Racismo é crime. Combatê-lo diariamente é dever de todos nós", informa o comunicado.