Esporte
Publicado em 17/12/2022, às 13h57 Vinícius Dias
Partidas que decidem terceiro lugar costumam ser interessantes porque não oferecem um componente fundamental e costumeiramente presente em jogos de Copa do Mundo: a tensão. Por consequência, o medo de perder é menor. Por isso as partidas costumam ser mais abertas, contraditoriamente interessantes por conta do nível de 'desinteresse'. Foi assim com Croácia e Marrocos neste sábado (17), apesar da seleção marroquina ficar pistola com a arbitragem no final do jogo.
Derrotadas nas semifinais, as duas seleções entraram em campo para desfrutar da Copa do Mundo e tinham motivos para isso. Do lado croata, a partida marcou a despedida da maior liderança técnica da história do jovem país, fundado em junho de 1991 após a dissolução da Iugoslávia: Luka Modric, eleito melhor do mundo em 2018 e que, aos 37 anos, desfilou bom futebol no Catar e fez uma despedida à altura de sua importância para o futebol Mundial.
Do outro lado, Marrocos vivia uma lua de mel consigo mesmo, com seu povo. Primeiro país africano a chegar numa semifinal de Copa do Mundo, a seleção marroquina e seus jovens valores como Achraf Hakimi, Hakim Ziyech e Walid Cheddira -este último, a sensação da sensação da Copa- foram a campo para fazer o que mais fizeram no Catar: disputar, competir nos níveis mais altos.
O resultado em 2x1 deixou a seleção croata com o simbólico terceiro lugar. Mas, no final das contas, o vencedor foi quem menos importou porque as duas equipes sabiam que fizeram história. O contestado trio de arbitragem foi todo do Catar. O árbitro foi Abdularhman Al Jassim, que tevecomo auxiliares Taleb Al Marri e Saoul Ahmed Almaqaleh.
Dois brasileiros estiveram na partida: Raphael Claus como quarto árbitro enquanto o goiano Bruno Pires ficará como responsável pelos lances de impedimento no VAR.
Em dois minutos, saíram os dois primeiros gols. Primeiro, a Croácia fez uma ponte aérea simbolizando o, agora, passado; presente e futuro. Modric, 37, colocou a bola na área para Perišić, 33, desviar e Gvardiol, 20, mergulhar e fazer um golaço de cabeça abrindo o placar aos 7 minutos.
A comemoração demorou mais do que o empate. Também no jogo aéreo, Dari, aproveitou cochilo da defesa croata aos 9 minutinhos e cabeceou bem para o chão antes da bola morrer no fundo do gol.
Dari's goal for Morocco against Croatia
— Citi Sports (@CitiSportsGHA) December 17, 2022
Croatia 2-1 Morocco#CitiSports#FIFAWorldCup#Qatar2022pic.twitter.com/eQfwM3Rtg4
Aí a trocação começou. Hakimi quase deu um gol para En-Nesyri com bom cruzamento na área, mas o camisa 19 perdeu o tempo da bola e não conseguiu escorar para o gol vazio. Do lado de lá, Bounou fez boa defesa após jogadaça e chute de fora da área de Modric, mas não conseguiu evitar o golaço de Mislav Oršić, que recebeu na área e colocou de cobertura no ângulo, Bounou desviou, a bola bateu na trave, mas, ainda assim, parou no fundo do gol.
Orsic com um golaço sublime 🤩 pic.twitter.com/QM2KKhRtV3
— B24 (@B24PT) December 17, 2022
Segundo tempo
Na segunda etapa, o jogo voltou mais frio. Mas com boas chances de gol. Logo aos 12 minutos, Oršić chutou bem de fora, a bola desviou na zaga e parou na rede pelo lado de fora. O jogo viu a temperatura subir aos 25 com uma trocação franca. Primeiro, Gvardiol deu de atacante e apareceu bem dentro da área após passe de Perisic. Ele foi derrubado por Amraabat, mas o árbitro mandou seguir. No contra-ataque, duas boas chances marroquinas: primeiro En-Nesyri parou na parede montada por Livakovic.
Depois foi a hora de Marrocos ficar na bronca com a arbitragem. Ele ia entrar bem na área, mas foi derrubado por Perisic. O árbitro não quis saber de apitar. Os marroquinos ainda pediram pênalti em outras duas oportunidades, mas não conseguiram mais incomodar o goleiro Livakovic. No final das contas, quem sorriu foi Luka Modric, que se despediu da Copa com uma vitória.
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