O segundo clássico do ano ficou mais uma vez com o Vitória. Com o placar final de 2 x 1, o Rubro-negro volta a ficar de boa com a torcida e domina o novo estádio, sem chance para o Bahia. Porém, o resultado quase escapou, pois o segundo tempo foi de pura pressão tricolor em busca do empate, que não aconteceu.
Os dois times em campo aparentavam semblantes opostos. O Bahia começou o jogo exatamente como terminou o primeiro clássico do ano: derrotado. Com um meio de campo inexistente e marcação vacilante, o time convidou o Vitória ao seu campo. O Leão, sem nada a ver com isso, veio vibrante e disposto a dominar. Com grande atuação de Nino Paraíba, o time agrediu desde o início e o gol era apenas questão de tempo.
Aos 20min, o primeiro tento finalmente surgiu. Após cruzamento no escanteio, Victor Ramos cabeceou na trave a sobra caiu nos pés de Michel, que ajeitou e estufou as redes. A conta aumentou 12 minutos quando Maxi invadiu a área tricolor e deu passe desconcertante de calcanhar para Mansur. O jogador teve apenas o trabalho de deslocar Marcelo Lomba, para delírio da torcida.
A torcida do Bahia se revoltou com a falta de combatividade do time e atirou no gramado inúmeras caxirolas. O instrumento musical oficial da Copa do Mundo, criado por Carlinhos Brown, virou uma arma da indignação e os jogadores do Tricolor se desesperaram e tentaram a todo custo tirá-las do campo para evitar punições ao time. O Vitória ainda teve mais chances de ampliar, mas aparentemente o restante do placar estava guardado para o 2º tempo.
No intervalo, restava a Joel Santana mudar o time e o risco foi assumido trocando Obina por Fernandão, que estrearia na fogueira. A proposta do time se tornou mais agressiva e o protagonismo da partida passou para o lado azul, vermelho e branco. Anderson Talisca se recuperou de uma – até então – má partida enquanto que, do lado do Vitória, Nino Paraíba caiu drasticamente de produção e o goleiro Deola passou a acusar grande dificuldade em cortar bolas aéreas.
E foi exatamente no jogo alto que o Bahia conquistou o primeiro gol. Após cruzamento de Talisca, o zagueiro Titi subiu mais que a zaga e marcou. Em todo o restante da etapa complementar o Bahia pressionou em busca do empate, mas um misto de incompetência dos homens de frente tricolores com uma pitada de sorte rubro-negra mantiveram o triunfo do lado do Vitória, que já fala em freguesia na Arena.
Nota originalmente postada às 18h do dia 28
