Dezenas de conselheiros do Vitória lotaram o auditório do Salvador Trade Center, na noite desta terça-feira (25), para acompanhar a apresentação do relatório do Conselho Fiscal do clube sobre a avaliação dos contratos do projeto da Arena Barradão. No local, o presidente do Conselho Fiscal, Coronel Christóvão Rios enumerou as irregularidades encontradas.
Segundo Rios, os contratos foram firmados sem passar por discussão no Conselho Deliberativo e sem análise do Conselho Fiscal, não houve estudo de viabilidade do projeto, que segundo ele poderá causar sérios problemas financeiros ao Rubro-Negro. De acordo com ele, os contratos são irregulares, pois seria obrigatória a prévia aprovação do Conselho Deliberativo, o que não aconteceu e fere o estatuto do clube. Outra irregularidade apontada é a falta de uma tomada de preço ou concorrência administrativa (licitação) visto o valor do projeto.
Só a primeira etapa do projeto, que não envolve obras, foi orçada em mais de R$ 1 milhão. Deste valor, o Vitória já efetuou pagamento de R$ 700 mil a empresas e funcionários contratados. Após a leitura da análise foi feita uma votação para decidir, ou não, a recomendação de anulação dos contratos da Arena. Entre os presentes, apenas o conselheiro Juarez Dourado votou contra a anulação e a favor do que foi firma-do por Manoel Matos e Raimundo Viana.
Todos os demais votaram a favor e foi aprovada a recomendação de anulação dos contratos. Ainda assim, alguns conselheiros se mostraram preocupados com o futuro do caso e fizeram questionamentos sobre o que poderá ser cobrado ao clube caso o cancelamento dos contratos venha a ser efetivado.
Entre as dezenas de conselheiros presentes, estavam nomes como Eraldo Souza, Gilson Freitas, Beto Silveira, José Carlos Brito, Ricardo Davi, Carlos Amaral, Branco Almeida, Domingos Arjones, Gabriel Oliveira, presidente da Torcida Os Imbatíveis entre outros.
*Com informações do repórter Marcos Valença
Publicada originalmente dia 25
