Após a Justiça espanhola arquivar processo contra Neymar pelos crimes de corrupção e fraude, o Barcelona admitiu que o primeiro contrato do craque com o clube, em 2013, foi feito "com a intenção de ocultar a verdadeira operação realizada". O caso foi revelado através de documento, em que o ex-presidente blaugrana, Sandro Rosell, e o atual, Josep Maria Bartomeu, revelaram contato com os auditores fiscais da Espanha. “O contrato e o pagamento foram realizados com a intenção de ocultar a verdadeira operação realizada, com o consequente cumprimento da obrigação tributária e o relativo ingresso ao Erário Público espanhol que deveria pagar o Barcelona. Nesta época, o jogador Neymar era residente no Brasil; diante disto, os impostos correspondentes correspondentes a sua renda, ao não ser residente na Espanha, tinham que ser retidos integralmente e repassados à Fazenda Pública”, diz o documento.
Segundo o clube, o principal objetivo do contrato, que incluía as empresas do jogador como beneficiárias, era deixar o custo da operação mais barato. "Por esse motivo, decidiu-se outorgar contrato com sociedades diretamente vinculadas à família do jogador, simulando o objetivo real dos pagamentos, que na realidade não era formalmente declarado", continua o comunicado barcelonista.
No último dia 13 de junho, Josep Maria Bartomeu reconheceu que o Barcelona cometeu delitos fiscais em 2011 e 2013, o que motivou na condenção de Rosell e Bartomeu à prisão. Mas, tiveram a pena convertida numa multa de 5,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 19 milhões).
