Esporte

"Alguns dirigentes me olham atravessado", revela presidente do Bahia

Publicado em 25/07/2015, às 12h09   Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)


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Aos 33 anos, o presidente do Bahia, Marcelo Sant'ana, recebe R$ 21 mil mensais para comandar o clube, em uma gestão inovadora no futebol brasileiro. Em entrevista ao jornalista Luiz Zini Pires, do Jornal Zero Hora, de Porto Alegre, o dirigente tricolor explica se existe diferença entre o dirigente político e o remunerado num clube.

"Eu fui eleito em dezembro do ano passado por três anos. Quem me elegeu queria mudanças. Como acompanho a vida do Bahia, senti que o dirigente amador não consegue dar todo o seu tempo, a sua força, ao futebol. Nem pode. Precisa cuidar também do seu trabalho, de onde tira o sustento. É normal, certo? Ele chega ao clube às 16h e sai quatro horas depois. Eu estou sempre presente. Trabalho em tempo integral. Atuo em todas as áreas regularmente. Acompanho a delegação em todas as viagens", destaca.

Questionado se há rejeição por parte da torcida, Sant'ana é enfático. "Não. A torcida aceitou um presidente jovem, e os jovens significam mudanças profundas", completa.

Em relação ao posicionamento de outros clubes, o presidente do Bahia revela que já sentiu diferença no comportamento de alguns dirigentes em reuniões da Confederação Brasileira de Futebol. "Os encontros na CBF, no Rio, ou com políticos e governo, em Brasília, com clubes da Série A ou B, alguns dirigentes me olham atravessado. Normal. Mas o estranhamento só acontece num primeiro momento. A minha relação é muito boa com todos. Tanto que muitos dirigentes de clubes importantes e dirigentes de federações pedem explicações sobre o trabalho de um presidente remunerado. Eu dou".

Por fim, no bate-papo com o jornalista, Marcelo Sant'ana detalha os motivos que levaram a receber a quantia por mês, em vez de um salário maior, visto que, os clubes mexem com milhões de reais em uma temporada. "É uma boa discussão. Se os valores forem altos, mais de R$ 100 mil por mês, o salário poderá atrair mais interessados, só que mais pelo dinheiro do que pelo cargo ou pelo clube. Eu fiz curso no Exterior, me especializei, quero modernizar o clube e ajudar a desenvolver uma gestão profissional. Quero ajudar a sanar financeiramente o Bahia, devolvê-lo à Série A, seu verdadeiro lugar, e disputar títulos", encerra o presidente tricolor.

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