O Carnaval está comendo solto, com os jogadores do Bahia confinados em treinamentos, visando o jogo da Quarta-feira de Cinzas, contra o Galícia, porque a ordem é uma recuperação dentro do próprio campeonato, pois o Tricolor ainda não convence aos seus torcedores, com atuações pálidas, desclassificação prematura da Copa do NE e necessita de ajustes convincentes para não ter que mudar de treinador. O grupo parece fechado com Marquinhos Santos, com todas as matérias que têm saído sempre são de elogios ao seu trabalho.
O Vitória, que parecia estar em melhor situação, pois ainda invicto no Estadual e chegou a disputar uma segunda fase da competição nordestina, levou uma surra vergonhosa do Ceará, por 5x1, colocando em questionamento todo o seu desempenho até agora – e é de se esperar, mesmo sem confinamento, que nenhum profissional rubro-negro tenha a coragem de botar o bloco na rua.
Não é que a triste goleada da última quinta-feira tenha desmoronado tudo na Toca do Leão, mas deve ter servido de alerta para várias fragilidades do time e revisão dos conceitos de Ney Franco, que é um técnico de conceito definido, mas está sendo corajoso demais ao colocar dois ou três garotos da base para solucionar os problemas do time.
Agora, com nossos dois maiores times e pretendentes ao título baiano tendo apenas que enfrentar, além do Estadual, a Copa do Brasil, espera-se que os reforços cheguem logo e possam jogar. O feriadão de Momo começa com o Bahia anunciando o meia Lincoln, ex-Coritiba e o Vitória a vinda de Hugo, cujo último clube foi o Goiás, tendo, aliás, começado na base do próprio Vitória há muito tempo. São dois bons meias, rodados, de currículo elogiável, mas não são mais meninos, pois já passaram dos 33 anos.
Como tricolores e rubro-negros estão muito carentes de um camisa 10, que assuma o jogo e facilite as ações dos atacantes, podem ser boas soluções. Mas é fundamental que estejam bem de saúde e fisicamente preparados para enfrentar logo os trancos de fases decisivas. Que cheguem, tenham suas documentações regularizadas e entrem logo na guerra.
Edson Almeida é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan Fm
