Esporte

Clubes brasileiros têm impasse para venda das placas de campo a partir de 2019

Felipe Oliveira / EC Bahia
A CBF chamou os clubes para organizar uma venda conjunta  |   Bnews - Divulgação Felipe Oliveira / EC Bahia

Publicado em 09/08/2018, às 08h30   Redação Galáticos Online



Com a mudança dos contratos de TV a partir de 2019, a Rede Globo decidiu passar para os clubes a possibilidade de vender as placas de publicidade dos estádios nos jogos da Série A do Brasileirão. Contudo, até o momento, alguns imbróglios comerciais, contratuais e jurídicos estão dificultando a comercialização dos espaços a partir de 2019.

Com a cessão da Globo desse direito de comercialização das placas, a CBF chamou os clubes para organizar uma venda conjunta. Com isso, os times passariam os direitos pelas placas para que uma empresa fosse responsável por vende-las. Diante disso, uma comissão escolheu a empresa BR Foot para essa função durante os próximos quatro anos.

No acordo inicial, a empresa pagaria R$ 550 milhões, sendo R$ 440 milhões pelas placas e R$ 110 milhões pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro da Série A no exterior. A CBF, por sua vez, receberia uma comissão de 10% (R$ 55 milhões) do valor total, enquanto os clubes dividiriam luvas no valor de R$ 100 milhões.

Contudo, esse contrato ainda não foi assinado, porque alguns clubes afirmam ter uma nova empresa interessada. Segundo o jornal “Folha de São Paulo”, a empresa Optimal Capital Partners endereçou uma carta de intenção tanto à CBF com aos presidentes dos clubes da Série A.

Nessa carta, que foi obtida pelo Jornal, a Optimal Capital manifesta o interesse de pagar US$ 200 milhões (R$ 750 milhões) para ter os direitos comerciais e internacionais da Série A do Brasileirão, a partir de 2019, já com a promessa de disponibilizar os recursos apenas 60 dias depois da assinatura dos contratos.

Diante dessa carta de intenção, alguns clubes decidiram aguardar essa nova proposta para decidir qual seria a mais vantajosa. Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, falou sobre o assunto.

“A Comissão trabalhou durante mais de um mês, recebendo oito propostas. Nós analisamos todas pessoalmente e concluímos que a melhor era da BR Foot. A comissão indicou isso, e os clubes, em sua maioria, aprovaram essa proposta. Mas chegou essa carta de intenção desse fundo internacional”, ressaltou.

Diante desse impasse, alguns clubes estão preocupados e temendo uma possível desistência da BR Foot.

A Rede Globo, que era dona dos direitos de comercialização das placas até este ano de 2018, não tem conseguido vende-las. Desta forma, a emissora tem utilizado os espaços para divulgar alguns de seus produtos, como o programa “Conversa com Biial”, e as plataformas “GloboEsporte.com”, “Globo Play” e o game “Cartola FC”.

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