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Diretora de escola faz declaração polêmica sobre racismo sofrido pela filha de Samara Felipo; saiba detalhes

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Instituição de ensino optou pela suspensão das duas jovens, embora a atriz tenha pedido a expulsão delas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 30/04/2024, às 21h14   Redação



Depois que a atriz Samara Felippo denunciou um caso de racismo sofrido pela filha mais velha, de 14 anos, em uma escola particular de São Paulo, a diretora da instituição de ensino, Regina Scarpa, optou pela suspensão das duas jovens responsáveis pelas ofensas, embora Samara tenha pedido a expulsão das estudantes.

Em entrevista ao jornal O Globo, Regina disse que não houve erro na decisão.
"Eu não acho que a gente errou. A gente foi fiel àquilo que significa a essência do projeto (da escola), que é acreditar nas possibilidades de educação para as relações inter-raciais. Quando a gente tomou essa decisão, foi em função do contexto: o fato de elas (as autoras das ofensas) terem se apresentado imediatamente, a forma como as famílias se comportaram, reagiram", iniciou.

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"Hoje, quando eu vejo quem está ao nosso lado nessa trincheira, respiro aliviada porque são pessoas que a gente confia muito. Apesar de termos escolhido um caminho que sabíamos que seria difícil", continuou.

Na ocasião, Regina também afirmou que a expulsão impediria que crianças e adolescentes negras e brancas convivessem dentro do ambiente escolar e tiraria “a chance de ensinar” e aprender com o ocorrido. A família de uma das acusadas decidiu tirar a garota da escola na segunda-feira (29). Por meio de um comunicado, eles disseram que são "uma família progressista" e contaram que pediram desculpas à vítima e aos familiares dela.

Ainda de acordo com a diretora, desde 2019, a escola tem um projeto antirracista que envolve bolsas para alunos negros de baixa renda, mudança no currículo, com o objetivo de deixá-lo menos eurocentrado, e contratação de professores e gestores negros, além de grupos de discussão sobre o tema.

"Basta expulsar? Cada caso de racismo expulsa e pronto, e a gente prova que a relação interracial é impossível? Então cada caso é um caso, e o que a gente tem visto é que não se trata de um posicionamento da escola, trata-se de processos educativos singulares que requerem princípios e valores para orientar as decisões e acompanhar processos", destacou Regina.

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