Entretenimento
Publicado em 28/06/2022, às 13h58 Brenda Viana
O dia do Orgulho LGBTQIAPN+ é comemorado sempre no dia 28 de junho. Mesmo após 50 anos da Revolta de Stonewall, onde a comunidade de Nova York, nos Estados Unidos, lutou pelo respeito e igualdade, ainda há muito pelo o que batalhar na atualidade.
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Nesta terça-feira (28), o Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT da Bahia (CPDD-LGBT) esteve na Estação da Lapa, no Centro de Salvador, para debater sobre as conquistas e direitos ao longo dos anos. Em conversa ao BNews, Genilson Coutinho, ativista e editor do site Dois Terços, que é voltado para as causas LGBTQIAPN+ explicou que este ano, devido às eleições de outubro, é necessário pensar em qual candidato é a favor da luta da comunidade.
(Imagem: Reprodução / Bnews)
"Nós vivemos uma era muito grande de ódio e a internet tem sido essa máquina de impulsionar contra os LGBTQIA+. A gente tem que entender que tem pessoas LGBTQIA+ nesses espaços de poder. É muito melhor ter os nossos lá porque eles compreendem a nossa luta", disse. "A gente vive hoje uma situação que a violência está em todos os espaços, as pessoas tiram armas de dentro das bolsas, atiram na rua e fica na impunidade. É um processo doloroso e vivemos isso diariamente. Não adianta fazer tanto 'fora, fora, fora [Bolsonaro]' e a gente está continuando nessa situação", completou.
Maria Aparecida Pinho, professora aposentada, que estava na ação junto com o grupo do CPDD-LGBT e explicou que, durante os anos sendo educadora, não observou tanto preconceito, mas reforçou que o respeito é necessário partir de casa. "A palavra aceitação não gosto nem de usar. A gente tem que ter respeito, porque Deus é amor. Então se é amor, não tem gênero. Sou hétero, mas sou da torcida LGBT tricolor do Bahia. Participo porque a pessoa não precisa ser LGBT para apoiar a causa", salientou.
(Imagem: Reprodução / Bnews)
Genilson também reforçou que ainda há vários pais de adolescentes, jovens e adultos que continuam com a mentalidade arcaica e colocam seus filhos para fora de casa. "O número de jovens que a família coloca para fora ainda é muito alto e que não compreende o que é ser uma pessoa LGBQIA+".
(Imagem: Reprodução / Bnews)
A transformista Scarleth Sangalo, interpretada por Edson Jr. reforça que é necessário que as comunidades se unam para ter uma luta digna. "Cada sigla ela tem a sua luta. Ela tem a sua bandeira, ela tem a sua importância, a sua visibilidade. Não que uma seja melhor do que a outra, não que uma tenha que se sobressair mais do que a outra, mas é importante que todas elas estejam engasgadas na luta do respeito, na luta da aceitação".
"Eu não sou trans, mas eu posso falar pela comunidade trans. Eu não sou lésbica, mas eu posso falar pela comunidade lésbica, porque eu sou LGBTQIA+, eu sou tudo, né? Enquanto transformista, enquanto ser humano".
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