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Brasileiro acusa Netflix de abuso sexual e manipulação em reality

Reprodução/Netflix
Participante relata que casos aconteceram em reality show inspirado em série coreana  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Netflix

Publicado em 26/11/2023, às 19h52   Cadastrado por Marco Dias



O reality show Round 6: O Desafio estreou na Netflix na última quarta-feira (22), inspirado na série coreana que virou fenômeno mundial. E, assim como a obra original, a repercussão nas redes sociais já é intensa. Porém, ao invés dos elogios, o programa tem sido alvo de denúncias e manipulação, inclusive de um participante brasileiro. 

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Yohan Tanaka foi o único brasileiro selecionado para participar do reality show e, em entrevista para o portal IG, revelou algumas situações que presenciou durante as gravações do programa, no Reino Unido, envolvendo um suposto caso de assédio com uma mulher. 

De acordo com o músico, a vítima teria confessado, em um grupo formado por ex-participantes do reality, que foi abusada sexualmente dentro do hotel por alguém da produção. 

“Essa é uma senhora que desmaiou e passou super mal, indo pro hospital. Acho que até tinha fotos dela na cadeira de rodas. Ela falou pra gente no grupo que foi abusada ou tentaram abusar dela sexualmente. Não sei até que ponto chegou esse abuso. Mas pra mim só de você tentar fazer algo com alguém isso já é um abuso sexual”, revela Tanaka. 

Manipulação e Maus-Tratos 

Outro ponto destacado pelo brasileiro seria a manipulação do reality. A ideia de Round 6: O Desafio é simular a experiência apresentada na série sul-coreana, colocando 456 pessoas para disputar o prêmio de US$ 4,56 milhões (cerca de R$ 22,3 milhões na atual cotação). De acordo com Tanaka, as chances nunca foram iguais para todos os competidores. 

“É um abuso de poder por serem a Netflix, e abuso psicológico porque tudo que a gente passou acreditando que ia ser verdade e tinha possibilidade de ganhar (…) Abuso físico, porque fomos colocados nessa situação e não sabia que iam durar dez horas as gravações”, conta o músico brasileiro. 

O brasileiro afirma que percebeu a manipulação na chegada para as gravações, já que era nítido que algumas pessoas tinham tratamento diferenciado por parte da produção, podendo ir ao banheiro no meio do jogo, enquanto a grande maioria tinha que suportar os longos períodos de gravação que chegavam a 10 horas. 

Tanaka também comentou sobre um momento em que um colega desmaiou em uma das provas e a equipe de produção não quis interromper as gravações para prestar socorro. 

"Eles demoraram mais dez minutos porque estavam terminando de filmar a rodada”, relembra Tanaka.” “Eles mandaram um caixão que faz parte da série para levar quem está morto. Colocaram a pessoa desmaiada dentro do caixão para pegar isso na câmera".

Tanaka ainda afirma que foi prejudicado por toda a manipulação, já que teria sido eliminado mesmo após concluir a primeira prova do reality com sucesso. 

Outros relatos 

O relato do brasileiro não é o único, já que denúncias antes da estreia da série foram reportadas ao jornal The Hollywood Reporter, que publicou que um escritório de advocacia responsável pelas acusações alegava que vários de seus clientes se machucaram durante as gravações. Os advogados ainda mencionaram os padrões precários de segurança no set. 

Outros participantes do reality show relataram ter sofrido danos no sistema nervoso, além de hipotermia, já que precisavam encarar baixas temperaturas durante longas horas em um dos jogos. 

Até o momento, a Netflix não se pronunciou sobre o caso. 

Classificação Indicativa: Livre

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