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Debate final entre Dilma e Aécio é marcado por troca de acusações

Imagem Debate final entre Dilma e Aécio é marcado por troca de acusações
Candidatos partiram para o confronto direto a dois dias das eleições  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/10/2014, às 11h16   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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Todas as cartas dos candidatos à presidência, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), foram expostas à mesa no último debate antes do segundo turno da eleição, organizado pela Rede Globo, na noite desta sexta-feira (24). Corrupção, desenvolvimento econômico, programas sociais, reforma política e denúncias dos veículos de comunicação estiveram em pauta no embate entre os candidatos.

Aécio Neves, logo na primeira pergunta, tratou de pedir para Dilma Rousseff explicar a matéria veiculada na Revista Veja, que estampou na capa que a candidata à reeleição e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, tinham conhecimento dos desvios de dinheiro na Petrobras.

“Candidato, essa revista há muito tempo fez e faz sistemática oposição a mim e ao ex-presidente Lula. Manifesto a minha inteira indignação com o conteúdo do que foi publicado. Não é a primeira vez que esta revista, na reta final eleitoral, apresenta calúnias eleitorais para tentar enganar o eleitor. Fizeram nas eleições passadas e tentam fazer novamente. Mas o povo dará a resposta nas urnas”, respondeu Dilma Rousseff.

Nos momentos em que a petista perguntou, ela fez questão de comparar os avanços alcançados desde que o PT assumiu a presidência com os governos do PSDB. Aécio, por sua vez, voltou a criticar os indicadores econômicos do governo Dilma.

“O Brasil é o país que menos cresce na América do Sul. A taxa de crescimento é a menor da década. A inflação está de volta. É preciso que a senhora reconheça isso. Todo mundo reconhece. O governo do PT fracassou, inclusive, nos indicadores sociais. O Brasil de verdade não é o mesmo do país da propaganda pintado pelo PT”, provocou o candidato Aécio Neves.

O tucano ainda criticou a petista em relação à administração dos bancos públicos. “No meu governo, os bancos públicos serão fortalecidos e não serão aparelhados. No governo do PT, a máquina pública está sendo emparelhada por causa de um projeto de governo. Isso é inadmissível”, declarou.

A petista voltou a lembrar das gestões tucanas. “Não acho que o senhor seja a pessoa mais indicada para falar disso já que o governo do PSDB deixou o Banco do Brasil com uma enorme dívida. Também quebraram a Caixa e o BNDES. O PSDB reduziram esses bancos ao tamanho que achavam que deveria ser”, replicou Dilma Rousseff.

Em um dos momentos de provocação do debate, Dilma Rousseff lembrou do problema de abastamento enfrentado em São Paulo e alegou que não houve planejamento por parte da gestão tucana de Geraldo Alckimin. "Sou obrigada a concordar com o humorista José Simão, que vocês estão levando São Paulo a ter programa 'Meu Banho, Minha Vida'", afirmou a petista, arrancando gargalhada da plateia.

A plateia de apaixonados militantes, em vários momentos do debate, teve que ser contida pelo mediador Willian Bonner, após as constantes manifestações que interferiram na exposição das propostas dos candidados.


Após o confronto direto, o debate esfriou momentaneamente quando Aécio Neves e Dilma Rousseff responderam perguntas de eleitores indecisos de várias partes do país. Logo depois dos questionamentos populares, provocações e as trocas de farpas voltaram a reinar no debate no terceiro bloco.  

Diferenças entre as propostas da reforma política prevista nos dois projetos de governo foram expostas. Aécio Neves chamou a atenção para a necessidade do fim da reeleição. Já Dilma Rousseff sugeriu o fim do financiamento privado de campanha e propôs segundo turno nas eleições proporcionais.

No último bloco, as perguntas dos eleitores indecisos voltaram a dar um tom mais propositivo ao debate. Depois de responder as perguntas, o mediador Willian Bonner convidou os candidatos a fazer as considerações finais do último debate antes do segundo turno da eleição presidencial.


Publicada no dia 24 de outubro de 2014, às 22h55

Classificação Indicativa: Livre

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