Eleições

Para driblar falta de dinheiro, candidatos fazem jantares e almoços de adesão

Publicado em 26/09/2016, às 18h02   Alexandre Galvão


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Com a proibição de doações de pessoas jurídicas nas campanhas, candidatos à Câmara Municipal de Salvador (CMS) recorreram aos almoços e jantares de adesão na tentativa de levantar fundos para as suas campanhas. 
Tentando ingressar na CMS, o professor Bruni D’Almeida (Psol) apelou para a baianidade no seu almoço de adesão. O candidato fez, no último domingo (25), o “Caruru da Reta Final”. “O meu serviu mais para divulgar a candidatura e aproximar eleitores, pois o valor arrecadado cobriu apenas o gasto do evento. Mas avaliei como muito positivo, mobilizou bem”, afirmou, ao Bocão News
Segundo D’Almeida, o valor cobrado foi de R$ 20 e 60 pessoas compareceram ao evento. “Durante o evento, o objetivo central foi mapear quantos votos temos com as professoras que constroem a candidatura, amigos, familiares, forças políticas e diversos setores da sociedade civil”, apontou. 
Também na primeira tentativa de uma cadeira na cadeira na CMS, Alexandre Aleluia (DEM) arrecadou R$ 40 mil no jantar de adesão que promoveu. “É importante, pois faz parte da liturgia da democracia. É um momento de conversar com doadores”, indicou. 
A quantia, segundo Aleluia, irá “ajudar a fechar as contas da campanha”. “Com certeza vai me ajudar a fechar as contas”, disse. 
Vereador de primeiro mandato e que tenta a reeleição, Duda Sanches (DEM) levantou cerca de R$ 21.600 no seu jantar de adesão – que contou com a presença do ex-chefe de gabinete do prefeito ACM Neto, João Roma. 
De acordo com o demista, 98 pessoas compareceram e as cotas de adesão ficaram entre R$ 500 e R$ 900. “É um momento que a gente tem e é importante para distribuir material de campanha, conversar sobre o que fizemos na Câmara e os planos para futuro. Sobretudo, ouvimos também sugestões”, contou. 
Também na tentativa de renovar o mandato, Claudio Tinoco (DEM) diz ter levantado quase R$ 50 mil para a sua campanha. “Foi a maior fonte de arrecadação da minha campanha. A cota foi de R$ 500 e arrecadamos R$ 49 mil brutos. Com esse dinheiro, por exemplo, já pagamos parte da gráfica”, asseverou. 
O vereador aproveitou o encontro para “fazer multiplicadores” da sua campanha. “É hora de mobilizar amigos, familiares, pessoas próximas do mandato. Damos uma palavra motivacional e fazemos multiplicadores”, explicou. 
Vereadora há quatro mandatos, Aladilce Souza (PCdoB) também usou do jantar de adesão para arrecadar fundos. “É uma forma de arrecadar. O tempo de campanha é curto, de 45 dias e o jantar de adesão sempre ajuda”, apontou. 
Segundo a comunista, o jantar vendeu cotar de R$ 150 a R$ 1 mil reais. “As pessoas físicas contribuem. Entregamos o material de campanha. É uma atividade de apoio político”, afirmou. 
Além destes vereadores, outra integrante da CMS que fez um evento similar foi Kátia Alves (SD). Ela, no entanto, afirma que o encontro foi “organizado por amigos”. “Foi um jantar para lançamento de campanha. Cada um contribuiu com R$ 150 reais para pagar o local do lançamento”, afirmou. 
Segundo Kátia, durante o evento, ela falou das realizações na CMS e não pretende realizar nenhum jantar de adesão. “As pessoas que eu conheço são assalariadas”, indicou.

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