Publicado em 23/10/2012, às 11h01 Luiz Fernando Lima (Twitter @limaluizf)
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Os candidatos à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM), fizeram o debate mais agressivo da disputa eleitoral até o momento, na noite desta segunda-feira (22), nos estúdios da Record Bahia. Restando seis dias para a votação, o tom dos próximos encontros não deve baixar e as ofensas tendem a continuar, vez que a maior parte dos projetos já foi apresentada.
Os postulantes discordam em quase todos os aspectos, contudo, a seu modo, cada um deles ratifica a opinião de que o outro perdeu a “razão”. O representante do DEM declarou à imprensa na saída do estúdio que seu adversário perdeu a compostura. “Eu acho que fica claro, salta aos olhos, a diferença de equilíbrio de cada um, a diferença de preparo de cada e, sobretudo, o que cada um quer fazer para Salvador”.
Pelegrino argumenta que procurou levar o debate “num bom nível”, mas que Neto não o fez. “Eu não posso aceitar que o candidato do DEM, sendo um lobo, fique se transvestindo em pele de cordeiro. Fique fazendo acusações sem respostas. Eu procurei dar respostas a todas as acusações que ele fez”.
No embate desta segunda, Neto revelou que está processando seu adversário criminalmente pelas afirmações feitas no programa eleitoral de Pelegrino veiculado em rádio e televisão. “Já acionei meu advogado hoje, depois do programa de televisão dele, ele será processado por calúnia e difamação”.
Na inserção, o petista traz a informação de que “um dos financiadores da campanha de ACM Neto, em 2008, segundo publicação da revista Veja, foi José Arruda, ex-governador de Brasília preso por operar um esquema ilegal de arrecadação de dinheiro para financiar campanhas”.
A despeito da estranheza que causa a utilização da revista Veja positivamente na publicidade petista, as denúncias foram rebatidas por Neto que afirmou que o próprio Arruda negou que houvesse empenhado qualquer quantia na campanha de deputado federal em 2008. Neto aproveitou para criticar a “falta de equilíbrio de Pelegrino”.
Quando o candidato petista afirmou, durante o debate que tinha certeza que o povo o elegeria. Para Neto, esta foi uma atitude arrogante de Pelegrino. “É preciso ter mais humildade. O povo de Salvador é livre para fazer a sua escolha. Nem ele, nem ninguém, pode querer antecipar os resultados das urnas. Agora, eu acho que quem assistiu o debate pode perceber o desequilíbrio dele e a falta de condições de participar deste processo eleitoral. Se ele não tem equilíbrio de participar de um debate, muito pior seria numa eventual administração de Salvador”.
O jogo de “empurra” tem data para terminar: 28 outubro os eleitores de Salvador vão às urnas decidir em qual dos dois votar. O problema é que até lá outros debates vão acontecer e a população interessada em saber um pouco mais sobre as propostas terá que aguardar para ver o que acontece.
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