Eleições

Metade dos candidatos ao Senado tem suplentes ‘mais ricos’ que eles

Edilson Rodrigues/Agência Senado
A presença dos endinheirados nas chapas pode impulsionar as candidaturas, conforme avaliam os cientistas político  |   Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 27/08/2018, às 08h13   Redação BNews


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Dos 351 candidatos em busca de uma cadeira no Senado para os próximos oito anos, 162 (46%) possuem ao menos um suplente com patrimônio superior ao deles.

Em um dos casos, verificado no Estado de Rondônia, conforme apurou o R7, o primeiro suplente de um candidato diz ter mais de R$ 84 milhões em bens, valor 7.300% maior do que os R$ 1,1 milhão cadastrados pelo titular da chapa. No Tocantins não é diferente e o suplente te de um candidato com patrimônio zero possui mais de R$ 407 milhões declarados.

A presença de suplentes endinheirados nas chapas pode impulsionar as candidaturas, conforme avaliam os cientistas políticos, em especial om o fim do financiamento privado e a limitação dos gastos das campanhas. 

“O suplente que tem dinheiro pode usar seus próprios recursos para a campanha da chapa”, avalia o cientista político David Verge Fleischer, do Instituto de Ciência Política da UnB (Universidade de Brasília).

Os dois suplentes foram incluídos na disputa eleitoral brasileira pelo Artigo 46 da Constituição Federal, de 1988. Desde então, eles assumem a cadeira do senador eleito sempre que o parlamentar se ausentar do cargo.

Anteriormente, era possível que a cadeira de primeiro suplente do Senado fosse preenchida pelo segundo candidato mais votado do mesmo partido do vencedor, como aconteceu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nas eleições de 1978. Com 1.272.416 votos, o tucano assumiu a suplência de Franco Montoro, que foi escolhido por mais de 4 milhões de eleitores no pleito. 

Classificação Indicativa: Livre

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