Diretora do Sindilimp acusa intolerância religiosa na campanha eleitoral

Clima tenso na cidade de Alagoinhas. A campanha política saiu da esfera da disputa eleitoral e invadiu o âmbito judicial e criminal. De acordo com uma nota enviada à imprensa, o candidato a vereador do município, Naldo Reis (Rede), utilizou as redes sociais para agredir representantes do candomblé, que estavam em um encontro religioso com a pré-candidata à prefeita Sônia Fontes (PSB). Uma das vítimas foi a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia, Michelle Portuga.

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“Com todo respeito, sem nenhuma intolerância religiosa, mas a verdade é uma só. Alagoinhas precisa de um governante que tenha ligação com Deus e não com Satanás e seus demônios, para que Alagoinhas venha a ser livre da opressão e das maldições de um governo regido pelas forças do Satanás, que só faz o nosso povo sofrer, e que insiste em continuar na nossa cidade”, afirmou Naldo Reis, através de postagem da rede social com a candidata acompanhando o povo de matriz africana.

“Está na hora da libertação completa. Diga não à continuidade desse governo satânico. Dia 2 de outubro será o dia da mudança. Compartilhe, vamos fazer uma mudança em nossa cidade. Vem Senhor, meu Deus, libertar essa cidade”, completou Naldo Reis.

A convocação de compartilhamento não saiu como o pré-candidato a vereador esperava. Grupos ligados à religião de matriz africana começaram a denunciar através das redes sociais as declarações intolerantes.  Logo após a enxurradas de manifestações Naldo Reis decidiu apagar a publicação postada no dia 9.

A diretora do Sindilimp-BA prometeu adotar medidas judiciais contra o pré-candidato, Naldo Reis. A direção da entidade, através do vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT), se manifestou e prometeu dar todo o suporte jurídico a Michelle Portuga.