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TSE nega pedido de partido de Bolsonaro por vídeo em que presidente é atacado por Lula

Montagem/Reprodução/Twitter e Alan Santos/PR
PL, partido do presidente Jair Bolsonaro queria exclusão de vídeo no qual Lula chama mandatário de "mentiroso" e "covarde"  |   Bnews - Divulgação Montagem/Reprodução/Twitter e Alan Santos/PR

Publicado em 12/08/2022, às 15h30   Redação BNews



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta sexta-feira (12) o pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que pediu a exclusão, das redes sociais, de um vídeo do qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama o atual mandatário de mentiroso e covarde.

A determinação, do ministro Raul Araújo, ocorreu dentro de um processo em que o PL afirmou que um discurso proferido por Lula num evento em Fortaleza, no fim de julho, configurara propaganda antecipada, com adoção de discurso de ódio e ofensas à honra e à imagem (veja vídeo abaixo).

Na avaliação do ministro, o discurso do petista não contém pedido explícito de voto. O magistrado é o mesmo que determinou a remoção de um vídeo em que Lula xinga Bolsonaro de genocida e proibiu atos políticos no Lollapalooza.

"O direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas, bem como as não compartilhadas pelas maiorias", escreveu Raul Araújo, na decisão.

Nas peças enviadas à Corte Eleitoral, a defesa do PL pede aplicação de multas de até R$ 25 mil.

"O presidente Jair Bolsonaro é adorador da liberdade de expressão e faz uso dela em larga escala. Contudo, algumas expressões que têm sido usadas no discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão além do razoável. Em casos de discurso de ódio e imputação de crime, o presidente Bolsonaro deu aval ao ajuizamento das ações", afirmou a defesa de Bolsonaro em nota.

Ataque

Conforme o UOL, Jair Bolsonaro  autorizou a equipe jurídica do PL a processar candidatos que se manifestarem publicamente contra o mandatário até 16 de agosto, dia em que a campanha eleitoral começará oficialmente. Só no TSE, sete ações foram protocoladas contra o ex-presidente Lula na semana passada.

A ação ocorre depois de Lula ter dito na quarta-feira (3) que o Brasil passa atualmente por um cenário pior que o de 2003, quando ele foi eleito presidente pela primeira vez.

"Não vamos permitir que um genocida que está lá em Brasília e não derramou uma lágrima por quase 700 mil pessoas que morreram de covid-19 se apodere da bandeira brasileira, porque a bandeira brasileira é do povo brasileiro. Bolsonaro não está preparado para governar este país", disse Lula.

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