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Quem são os candidatos a presidente em 2022? Tudo sobre a eleição à Presidência do Brasil

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A equipe de Política do BNews fez um levantamento de todos os candidatos a presidente na eleição deste ano  |   Bnews - Divulgação Montagem/Reprodução

Publicado em 20/08/2022, às 06h00   Yuri Abreu



A corrida à Presidência da República já começou há algum tempo, com os então pré-candidatos alinhando parcerias em busca de uma maior robustez para a disputa ao Palácio do Planalto. Porém, desde a última terça-feira (16), os postulantes, de maneira oficial, já iniciaram a campanha.

Ao todo, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são 12 os candidatos ao posto, sendo que 11 deles vão tentar do cargo o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

Caso aconteça o feito, esta será a primeira vez que um presidente não conseguirá renovar o mandato desde 1997, quando a possibilidade foi aprovada pelo Congresso Nacional, quando o chefe do Poder Executivo era Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Neste sentido, ao buscar elencar os postulantes ao Palácio do Planalto, a equipe de Política do BNews realizou um levantamento e, agora, traz até você, eleitor que vai às urnas em outubro, que são os candidatos à Presidência na República que estão registrados no TSE. Confira:

  • Jair Bolsonaro (PL)

Eleito em 2018 pelo antigo PSL (hoje União Brasil após fusão com o DEM), Jair Bolsonaro (PL) busca se reeleger para mais quatro anos de mandato. Encabeçando a coligação "Pelo bem do Brasil", o liberal, ele terá como vice o general da reserva Walter Braga de Souza Netto (PL).

Nascido em Glicério, interior de São Paulo, no dia 21 de março de 1955, Jair Bolsonaro tem 67 anos. Na política, foi eleito vereador do Rio de Janeiro em 1988. Depois, foi deputado federal pelo Rio por 7 mandatos consecutivos (1991- 2018). É o 1º militar eleito por voto direto desde Eurico Gaspar Dutra, em 1945.

Nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro foi eleito no 2º turno (55,13% dos votos válidos), após bater, nas urnas, o petista Fernando Haddad.

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Após dois mandatos como presidente da República (2003-2010), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai disputar a eleição pela sexta vez em 2022, perto dos 77 anos de vida - ele havia perdido as disputas em 1989, 1994 e 1998.

Nascido em Caetés, interior de Pernambuco, em 27 de outubro de 1945, Lula foi metalúrgico e líder sindicalista. Concorreu ao governo de São Paulo em 1982 e ficou na quarta colocação, tendo recebido 10,77% dos votos válidos.

Como vice no pleito de outubro da coligação "Brasil da Esperança", ele terá um ex-adversário político: o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, que deixou o PSDB e migrou para o PSB, que faz parte da base aliada ao petista.

  • Ciro Gomes (PDT)

Nascido em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, mas tendo feito sua carreira política no Ceará, o ex-governador daquele estado e ex-ministro no governo Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) vai tentar se eleger presidente pela quarta vez - as outras foram em 1998, 2002 e 2018. O pedetista - que tem formação acadêmica em Direito - garantiu que, desta vez, seria a última.

Nesta eleição de 2022, ele terá como vice na chapa a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, também do PDT.

Filho de um defensor público e político e de uma professora, Ciro tem 4 irmãos. Disputou sua 1ª eleição em 1982. Foi eleito e reeleito deputado federal pelo PMDB (atual MDB), em 1986. Em 1998, interrompeu o 2º mandato para vencer a disputa à prefeitura de Fortaleza. Também foi governador do Ceará (1991-1994).

  • Simone Tebet (MDB)

Advogada, professora, escritora e política, Simone Tebet (MDB) tem 52 anos e nasceu na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Na política, elegeu-se senadora pela primeira vez em 2014, renovando o mandato em 2018.

Líder da bancada feminina na Casa Legislativa, Tebet concorreu duas vezes para a presidência do Senado. Em 2019, perdeu disputa interna partido para Renan Calheiros (MDB-AL). Em 2021, não teve o apoio da bancada do partido na Casa para o pleito, vencido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Formada em Direito, a sul-mato-grossense, que encabeça a coligação "Brasil para Todos", terá como candidata a vice-presidente a também senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

  • Soraia Thronicke (União Brasil)

Nascida em Dourados, Mato Grosso do Sul, a senadora Soraia Thronicke (União Brasil) tem 49 anos e é formada em direito com especialização na área tributarista.

Com bandeira ligada à defesa da propriedade privada e ao porte de armas, ela foi oficializada candidata do partido depois da desistência do deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional da sigla, no final de julho.

O vice dela nas eleições de outubro será o professor Marcos Cintra (UB).

  • Eymael (DC)

Participante da Assembleia Constituinte de 1988, José Maria Eymael vai disputar a eleição à Presidência pela sexta vez - a melhor colocação foi em 2010, quando terminou na 5ª colocação. Ele é o candidato mais velho no pleito deste ano.

Fundador e presidente do Democracia Cristã (DC), Eymael foi deputado federal por São Paulo de 1986 a 1995, além de ter formação em Direito. Na eleição de outubro, ele - que nasceu em 2 de novembro de 1939 em Porto Alegre - terá como vice o economista João Barbosa Bravo (DC).

  • Leonardo Péricles (UP)

Encabeçando a primeira chapa 100% negra do Brasil a disputar uma eleição, Leonardo Péricles tem 40 anos e vai concorrer à Presidência pelo UP (Unidade Popular pelo Socialismo), partido mais novo do Brasil criado em dezembro de 2019.

Um ano depois, em 2020, foi candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte na chapa da deputada federal Áurea Carolina (Psol-MG). Terminaram em 4º lugar, com 103.115 votos.

Agora em 2022, ele terá como vice, também do UP, a dentista Samara Martins.

  • Felipe D'Ávila (Novo)

Cientista político e empresário, Luiz Felipe Chaves d’Avila, nasceu em São Paulo no dia 24 de agosto de 1963 e tem 58 anos. Ele foi escolhido pelo partido Novo para a disputa ao Planalto após a desistência do principal nome do partido, o empresário João Amoedo.

Coordenador do movimento Unidos Pelo Brasil e fundador da organização sem fins lucrativos CLP (Centro de Liderança Pública), Luiz Felipe D'Ávila terá como vice o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG).

  • Sofia Manzano (PCB)

Apresentada como candidata ao Planalto em fevereiro de 2022, Sofia Manzano (PCB) tem 50 anos e nasceu em São Paulo no dia 19 de maio de 1971.

É doutora em História Econômica pela USP (Universidade de São Paulo) e militante do partido desde 1989. Nas eleições de 2014, foi candidata à vice-presidência do Brasil, concorrendo com Mauro Iasi, pela sigla. A chapa ficou em 10º lugar.

Agora, com ela encabeçando o grupo, Manzano terá como vice o jornalista e redator Antônio Alves (PCB).

  • Vera Lúcia (PSTU)

Natural de Inajá, em Pernambuco, Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado (PSTU) nasceu em 12 de setembro de 1967 e tem 55 anos. É uma das fundadoras do partido, oriundo um grupo político do PT.

Foi candidata a governadora de Sergipe, a prefeita de Aracaju e a deputada federal. Em 2018, concorreu à Presidência da República e teve como vice o professor Hertz Dias - a chapa recebeu apenas 55.762 votos.

Em 2020, disputou a prefeitura de São Paulo, tendo recebido 3.052 votos. Agora, em 2022, Vera Lúcia terá como vice a indígena Raquel Tremembé (PSTU).

EXPECTATIVAS

Das 12 candidaturas registradas, duas delas podem não entrar na disputa, devido a questões internas dos próprios partidos ou por já ter condenação junto a Justiça Eleitoral. Confira:

Pablo Marçal (Pros)

O empresário goiano Pablo Marçal (Pros) teve o nome referendado pelo partido para a disputa à Presidência da República no dia 31 de julho. Porém, uma semana depois, devido a uma briga interna da legenda - uma ala articula apoio ao ex-presidente Lula (PT) -, Marçal, que tem 35 anos, pode deixar a disputa.

Roberto Jefferson (PTB)

Preso preventivamente em agosto do ano passado, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) teve a candidatura dele ao Planalto anunciada na convenção do partido no dia 1º deste mês.

Contudo, o ex-parlamentar está inelegível até 2027 e cumpre prisão domiciliar desde 2019.

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