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Bruno Reis indica solução para polêmica com autodeclarações étnicas; saiba o que é

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Bruno Reis falou que é necessário mudar uma questão no Fundo Eleitoral para resolver polêmica  |   Bnews - Divulgação Foto: Dinaldo Silva/ BNews

Publicado em 23/09/2022, às 11h01 - Atualizado às 11h02   Daniela Pereira e Vinícius Dias



Prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil) defende uma mudança para que as polêmicas com as autodeclarações étnicas acabem ou sejam reduzidas.

Durante a manhã desta sexta-feira (23), Bruno Reis saiu em defesa de ACM Neto (União Brasil), que se declarou pardo ao Tribunal Superior Eleitoral e virou alvo de duras críticas. Segundo o IBGE, a população negra é formada por pretos e pardos.

Essa resolução faz com que pretos e pardos tenham acesso a uma cota diferenciada no fundo eleitoral por conta de uma lei criada para tentar levar mais equidade aos parlamentos Brasil afora.

Bruno Reis defendeu que ACM Neto faz parte do maior partido do Brasil atualmente e que recursos não são problemas para a campanha do ex-prefeito de Salvador. Para a campanha de Governador, ACM Neto recebeu do partido mais de R$ 7 milhões.

"Graças ao União Brasil, que é o maior partido do Brasil, o nosso problema não está em relação aos recursos. No ponto de vista objetivo: Neto não é negro, mas é pardo", defendeu Bruno Reis.

Ele completou o raciocínio indicando sua dica para acabar o problema: "Se a Lei dá esse entendimento por conta do Censo do IBGE que entende assim e esse é o critério adotado pela legislação eleitoral, aí, meus amigos e minhas amigas, precisa ser alterada essa lei para dizer que só vai ter direito ao fundo eleitoral quem for negro. Pardo não tem direito. Ok?", sugeriu.

O advogado eleitoral Allan Lima disse que ações que envolvem questões com a autodeclaração do candidato ao governo pelo União Brasil, ACM Neto, são complexas de serem analisadas do ponto de vista judicial, diante da miscigenação existente na sociedade brasileira. A afirmação foi feita em entrevista ao Fato & Opinião da última quinta-feira (22), que foi ao ar na BNews TV.

A reportagem feita pelo BNews mostra que a autodeclaração do carlista na Justiça Eleitoral tem funcionado de munição para ações judiciais e ataques de campanha dos adversários políticos na Bahia.

“Nós temos uma sociedade que é muito miscigenada. É difícil chegar para determinada pessoa e perguntar qual a cor dela, como se identifica. Acredito que ninguém aqui tem uma raça totalmente pura, delineada. Minha avó era negra, outro diz que tem um pai branco, mãe negra, tio índio. É difícil até de se questionar, a exemplo de ACM Neto que disse que era pardo”, explica Allan Lima.

O advogado acrescenta que a Justiça Eleitoral, em especial com as candidaturas deste ano, tem enfrentado o desafio de combater audeclarações pardas de candidatos brancos. Entre os motivos para tais situações, ele explica que existe a busca por garantir o fundo especial de 30% para candidatos pardos e negros.

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