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Autor do impeachment de Dilma Rousseff, jurista Miguel Reale Jr. anuncia apoio a Lula

Zeca Ribeiro/Agência Câmara
Para Reale, a eleição do petista “é importante para impedir qualquer ação de Bolsonaro"  |   Bnews - Divulgação Zeca Ribeiro/Agência Câmara

Publicado em 21/09/2022, às 18h25   Redação BNews



Um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o jurista Miguel Reale Júnior declarou nesta quarta-feira (21), que vai apoiar a eleição de Lula (PT) já no primeiro turno das eleições. De acordo com Reale, a eleição do petista “é importante para impedir qualquer ação de [Jair] Bolsonaro para se manter no poder”.

Em entrevista ao g1, o jurista explicou porque decidiu votar em Lula. “Decidi pelo voto em Lula porque o Brasil não aguenta mais quatro anos de Bolsonaro, com ameaças de golpe, ataques ao Supremo Tribunal Federal e total falta de empatia com os mais sofridos”, disse.

Reale Júnior foi ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e era entusiasta de uma candidatura de “terceira via”. “Minha candidata era a Simone Tebet, mas a candidatura dela não se concretizou nessa eleição, que está sendo pautada pela total falta de racionalidade. Diante do atual cenário, a gente tem que pensar o que é melhor para o país. O Brasil precisa de estabilidade e calmaria. Mais quatro anos de Bolsonaro no poder é tudo que o país não precisa”, afirmou.

“Lula jamais promoveria um torturador como o coronel Ustra a herói nacional, como fez o Bolsonaro. (...) Ele ressuscitou uma discussão sobre o papel das Forças Armadas na vida política do país que já estava totalmente superada”, completou.

O jurista foi autor, ao lado do também jurista Hélio Bicudo e da hoje deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, por crime de responsabilidade, que culminou com a saída da petista do poder em 2016, após processo no Congresso Nacional.

Segundo reportagem do g1, com base no relatório da CPI da Pandemia, o jurista também apresentou, em dezembro de 2021 à Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro. O documento foi assinado por 17 juristas e um médico, mas não foi aceito pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do atual presidente.

“O que o Bolsonaro fez durante a pandemia foi muito mais grave do que a Dilma fez. Durante um período tão crítico, ele se notabilizou pela total falta de empatia com os mais sofridos. (...) A vitória do Lula no primeiro turno é importante para impedir qualquer ação de [Jair] Bolsonaro para se manter no poder”, declarou.

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