Educação

Diretor da APLB afirma:"Desejo o fim da greve. Poucos admitiriam isso"

Imagem Diretor da APLB afirma:"Desejo o fim da greve. Poucos admitiriam isso"
Secretário-geral admite que houve desgaste no movimento  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 26/07/2012, às 08h08   Caroline Gois (Twitter: @GoisCarol)



O secretário-geral da Asscociação dos Professores do Estado da Bahia (APLB), Claudemir Nonato, em conversa com o Bocão News nesta quarta-feira (25), contou como foi a repercussão da matéria exclusiva publicada pelo site, na noite de terça-feira (24), na qual ele é citado como sendo um dos diretores do sindicato da categoria de fazer oposição e boicotar o movimento grevista. "Eu acabei aparecendo na matéria como algoz. Não sou inimigo do movimento, até porque a decisão da greve foi unânime e concordo com ela", afirmou o professor.
Segundo 'Pig', como é conhecido popularmente, existe no comando do sindicato o que ele chamou de "piquete ideológico". "Pessoas contrárias, com opiniões divergentes, são consideradas traidoras", revelou o secretário, que disse não haver votação nas decisões desta paralisação. "Houve o que se chama de consenso, mas não omitimos nossas opiniões", contou.
Quando questionado a fazer uma avalisação do movimento, Pig pontuou: "Houve sim um desgate da greve, mas não há brigas na APLB e nem rachaduras. Houve um erro na condução do movimento. Perdemos a oportunidade de dialogar com o governo coisas que, hoje, considero importantes para preservar a categoria. Vale lembrar que o grande erro nisso tudo foi do governo, que não teve a capacidade de negociar".

Entre pontos levantados pelo professor que poderiam ser expostos à mesa entre o comando da greve e o Estado estão: plano de carreira da categoria, revogação da lei que transforma o salário em subsídio, pagamento imediato dos salários descontados, retirada dos processos contra a entidade e a revogação da demissão dos professores do sistema de Reda.
Sem querer encontrar, ou pelo menos, citar culpados, o secretário afirmou que o importante agora é que a greve não caia em inanissão, "como já está acontecendo". "Este é o momento do comando sentar e negociar. Tenho que preservar uma categoria. Não estou contra a APLB, mas a favor dos 45 mil professores e cerca de 1 milhão e 200 mil alunos que estão fora das salas de aula. Desejo o fim da greve. Poucos do comando admitiriam isso. É hora de encontrarmos uma saída e não quero ser reconhecido como o professor que fez parte da maior greve do país".

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