Educação

Em debate sobre educação online, Lemann aponta desigualdade social como grande empecilho do Brasil

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Jorge Paulo Lemann e fundador Khan Academy debatem o uso da tecnologia na educação  |   Bnews - Divulgação Alan Marques/Folhapress

Publicado em 13/05/2020, às 14h52   Marcio Smith



O movimento Brazil at Silicon Valley [em tradução livre, Brasil no Vale do Silício], promoveu, nesta quarta-feira (13), um debate sobre educação online entre o empresário brasileiro, Jorge Paulo Lemann e o educador e empresário, Sal Khan, responsável pela Khan Academy, plataforma de aprendizado online e gratuita. No debate, o brasileiro apontou a conectividade e a desigualdade social como empecilhos para educação online no Brasil.

Lemann declarou que a pandemia do novo coronavírus deve aumentar o uso da educação online no Brasil. O empresário declarou que com a melhora da conectividade no Brasil, o debate sobre um suposto elitismo no modelo de educação online terá fim, pois todos terão a possibilidade de se conectar. 

Khan declarou que sua plataforma vem tendo um aumento na quantidade de acessos, inclusive internacional. O educador ressaltou que o Brasil é responsável pela maior quantidade de acessos fora do Estados Unidos da América (EUA) junto com a Índia.

Ele ressaltou que uma das maiores vantagens da sua plataforma é de que o aluno possa seguir o seu ritmo de aprendizado. Contudo, o fundador da Khan Academy afirmou que o ideal é que a ferramenta seja aliada aos "grandes professores" e não sirva para substituir a educação presencial.

O empresário, que é responsável pela Fundação Lemann, organização familiar que trabalha para garantir educação qualidade para as crianças brasileiras e apoia pessoas tidas como "líderes focados no desenvolvimento social país", pediu que os professores adicionem cada vez mais a tecnologia no seu processo de ensinamento.

Lemann classificou a desigualdade social como o "maior problema brasileiro" e ressaltou que a Educação é a melhor forma para o desenvolvimento do Brasil.

Internet no Brasil

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018 - , divulgada no último mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 46 milhões de brasileiros não têm acesso à internet.

A PNAD apontou que em áreas rurais, o índice de pessoas sem acesso chega a 53,5%, já em áreas urbanas a porcentagem é de 20,6%.

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